O ouro fechou em alta nesta sexta-feira, 3, enquanto o dólar e os rendimentos dos Treasuries seguem em sua trajetória descendente, em meio à crescente visão de investidores de que o Federal Reserve (Fed) já chegou ao fim de sua alta de juros, reforçada hoje por uma cesta de dados que indicam enfraquecimento econômico nos EUA.

Na Comex, divisão para metais da New York Mercantile Exchange (Nymex), o ouro com entrega prevista para dezembro fechou em alta de 0,29%, a US$ 1.999,20 por onça-troy. Na semana, o metal ficou bem perto da estabilidade, em alta de 0,03%.

Segundo Craig Erlam, analista da Oanda, o payroll de hoje, que veio abaixo do esperado, serviu como “um grande impulso” para o ouro, que chegou a subir acima dos US$ 2.000, mas oscilou próximo dessa barreira psicológica durante boa parte do dia. Também hoje, dados do índice de gerentes de compras (PMI) de serviços dos EUA vieram aquém do esperado. A queda dos rendimentos dos Treasuries e do dólar também fortalece o ouro enquanto ativo de segurança.

Enquanto isso, o Commerzbank pontua que, no médio e longo prazos, os riscos de escalada nas tensões geopolíticas no Oriente Médio parecem estar se reduzindo, e com isso, “o potencial de valorização do preço do ouro será provavelmente muito limitado”. Hoje, Hassan Nasrallah, o líder do Hezbollah, grupo militante sediado no Líbano, discursou sobre a guerra Hamas-Israel, e o mercado reagiu interpretando que o grupo não quer entrar em conflito com Israel.