11/09/2020 - 9:00
Uma notícia divulgada na noite da terça-feira (8) gerou desânimo e preocupação no mundo. A farmacêutica AstraZeneca suspendeu os testes da sua vacina contra a Covid-19, por suspeitas do que chamou de “reação adversa séria” em um paciente. Desenvolvida pela companhia anglo-sueca em parceria com a Universidade de Oxford, da Inglaterra, a vacina é uma das mais aguardadas em todo o planeta, pela reconhecida competência das instituições envolvidas no trabalho. Tanto que cerca de 20 países assinaram parceria para receber a vacina, incluindo o Brasil. Em comunicado, a empresa e a universidade afirmaram que “pausamos a vacinação para permitir a revisão dos dados de segurança por um comitê independente.”
No Brasil, onde 18 mil pessoas fazem parte dos estudos clínicos com a vacina de Oxford, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) divulgou nota informando que “aguarda o envio de mais informações sobre os motivos da suspensão para analisar os dados e se pronunciar oficialmente.” Com tudo isso, já é certo que a aplicação efetiva da vacina da AstraZeneca, que era cogitada para ainda este ano ou início de 2021, vai demorar mais do que se esperava.
Pesquisa indica que 25% dos brasileiros rejeitam vacina contra a Covid-19
No momento em que o Brasil contabiliza cerca de 4,2 milhões de pessoas já contaminadas com o coronavírus e chega à casa dos 130 mil mortos, uma pesquisa revelou um dado preocupante. Divulgado no domingo (6), o estudo foi realizado pelo Ibope, sob encomenda da ONG Vaaz, e mostrou que 25% dos entrevistados rejeitam a ideia de tomar uma vacina contra a Covid-19. Desse grupo, a maior incidência foi observada entre os evangélicos (36%) e pessoas de 25 a 34 anos (34%). Não houve diferença significativa em relação a gênero, raça, escolaridade e renda. A pesquisa ouviu 1 mil pessoas de todas as regiões do País, entre os dias 27 e 29 do mês passado. Coordenadora de campanhas da Avaaz no Brasil, Laura Moraes disse que os números da pesquisa são assustadores. “Antes mesmo de termos uma vacina, alguns grupos já estão articulados para espalhar informações falsas”, afirmou. São justamente as fake news as principais responsáveis pela rejeição dessas pessoas a uma eventual vacina. Os motivos declarados pelos entrevistados para recusarem o tratamento deixam isso evidente. Confira:
“Estou com a pecha de genocida por falar da cloroquina e por alguns acharem que eu devia fazer algo mais” Jair Bolsonaro, presidente do Brasil, ainda insistindo num medicamento sem eficácia comprovada pela ciência contra a Covid-19 e esquecendo das 130 mil mortes causadas pelo coronavírus em todo o País.
AES Tietê e Unipar vão investir R$ 1,3 bilhão em projeto de eólica
A AES Tietê e a Unipar anunciaram que pretendem investir cerca de R$ 1,3 bilhão na construção de um parque de geração de energia eólica na Bahia. O projeto deve ser implantado nos municípios de Araci, Biritinga e Tucano e tem previsão para ser iniciado no ano que vem. A planta terá capacidade elétrica instalada de 155 megawatts, com 60 MW já comercializados com a própria Unipar por meio de um contrato de 20 anos. O objetivo da AES é produzir energia usando apenas fontes 100% renováveis.
Para tanto, não descarta a possibilidade de adquirir mais ativos de energia solar e eólica. Há pouco mais
de um mês, a empresa comprou três parques eólicos da J. Malucelli, por R$ 650 milhões. “Essa é uma estratégia mundial da AES. E o Brasil, com uma matriz energética com mais de 80% de hidrelétrica e penetração muito grande de eólica e solar, cria todas as condições para uma empresa ser 100% renovável”, disse o presidente da companhia, Ítalo Freitas.
Oi aceita proposta de R$ 16,5 bilhões de Claro, Tim e Vivo
A Oi aceitou a proposta vinculante apresentada em conjunto pelo consórcio formado por Claro, Tim e Vivo, que pretende comprar o setor de telefonia móvel da operadora. Pelo negócio, as três companhias ofereceram R$ 16,5 bilhões, que foi aceito pela Oi. O comunicado foi enviado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) na noite da segunda-feira (7). Desse montante, cerca de R$ 760 milhões são referentes aos serviços de transição que serão prestados pela Oi pelo período de um ano após o fechamento do contrato. Principais concorrentes da Oi no Brasil, Claro, Tim e Vivo decidiram entrar juntas nesse negócio como forma de evitar eventuais acusações de aumento de concentração de mercado e prováveis problemas com órgãos reguladores de concorrência, como o Cade. Atualmente em processo de recuperação judicial, a Oi acumula dívidas em torno de R$ 65 bilhões.
40% das multinacionais devem cortar empregos nos próximos 12 meses. É o que mostra estudo do The Conference Board, em parceria com o fórum empresarial The Business Council. O corte acontecerá pela incerteza de empresários quanto ao futuro da economia global.
Demanda da Gol cresce 19,8% em agosto
Na terça-feira (8), a Gol informou que a demanda por seus voos cresceu 19,8% em agosto, na comparação com o mês anterior. A alta foi consequência do relaxamento da quarentena no Brasil, graças à perda de força da crise do coronavírus. Não há, porém, muitos motivos para festejar. Na comparação com o ano passado, os números continuam alarmantes. Em relação a agosto de 2019, a demanda sofreu um tombo de quase 72% no consolidado, enquanto os voos domésticos tiveram redução de 67,3%. Já a oferta caiu 70,7% na mesma comparação.