19/02/2018 - 20:29
O ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, rechaçou a possibilidade de a decisão do presidente Michel Temer de decretar a intervenção na segurança do Rio de Janeiro e, por consequência, enterrar a reforma da Previdência, ter sido feita às pressas.
“A intervenção no Rio de Janeiro foi muito bem pensada”, disse o ministro, em coletiva de imprensa no palácio do Planalto, ao lado de ministros e líderes. Ao ser questionado sobre o discurso do presidente Temer, que durante a assinatura do decreto, disse que o suspenderia a medida para votar a Previdência, Padilha disse que houve entendimentos diferentes, mas que a declaração do presidente do Senado, Eunício Oliveira, ficou mais claro que há um “impedimento jurídico” mais evidente.
Para Padilha, a situação no Rio ficou insustentável e o presidente e o governador Luiz Fernando Pezão, depois de diversos decretos de Garantia da Lei e da Ordem (GLO) eles concluíram “que tinha de ser dado passo maior”. “Tivemos que reconhecer que agora temos que ter uma pauta prioritária”, admitiu Padilha.
O ministro reconheceu que o presidente vai usar a bandeira da segurança publica como seu legado nas eleições e que o anúncio da criação do ministério extraordinário da segurança mostra isso. “O tema será sim uma marca do presidente Temer”, destacou.
Bandeira antiga.
Padilha afirmou ainda que o fato de não votar a Previdência não vai tirar o presidente Temer a marca de presidente reformista. “Gestão do Presidente Michel Temer é reformista por excelência”, disse Padilha, citando que Temer se expôs pela Previdência mesmo sem que ela tivesse efeito diretos para o seu governo.
O ministro da Casa Civil disse ainda que na pauta do governo e do próximo governo a Previdência terá que estar. “No fim do ano se houver possibilidade de levantar intervenção podemos votar Previdência”, afirmou Padilha, que destacou que “quanto à eficácia da ação do governo, estão aí os números”, citando juros e inflação em queda.