O candidato à Presidência Padre Kelmon (PTB), que participa do debate da TV Globo na noite de hoje, foi questionado por Soraya Thronicke (União Brasil), adversária na corrida ao Planalto, se “deu a extrema-unção” a vítimas da Covid-19. A senadora, que chamou o candidato de “padre de festa junina”, perguntou a Kelmon se a postura do governo federal na pandemia não o fazia se envergonhar do apoio ao presidente Jair Bolsonaro (PL).

A relação de Kelmon com a religião tem sido alvo de polêmica. Em suas redes sociais, a Igreja Católica negou que Kelmon seja sacerdote da Igreja Ortodoxa no Brasil e nunca foi seminarista ou membro do clero em nenhum dos três graus da ordem —bispo, presbítero e diácono.

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“Kelmon se apresenta como sacerdote da Igreja Ortodoxa no Brasil, aparecendo em peças de campanha com vestimentas tradicionais da Igreja. Ainda segundo o documento, o “padre” nunca foi seminarista ou membro do clero da Igreja em nenhum dos três graus da ordem, quer no Brasil ou em outro país.”, diz a postagem da Igreja Católica.

Em resposta, Kelmon divulgou uma carta da Igreja Católica Apostólica Ortodoxa do Peru. A entidade diz ser reconhecida pelo governo peruano e chama o candidato de “um dos membros mais ilustres” das missões.

 

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Dobradinha com Bolsonaro

Kelmon ficou bastante em evidência no último fim de semana no debate promovido por SBT, CNN Brasil, Veja, Estadão, rádio Nova Brasil FM e Terra. Em diversos momentos da discussão, ele elogiou e defendeu o presidente Jair Bolsonaro (PL). O roteiro se repetiu no debate da Globo, servindo de escada para temas que Bolsonaro estava pronto para falar, principalmente em críticas ao PT e ao ex-presidente Lula.