29/07/2018 - 14:04
O ex-prefeito do Rio Eduardo Paes (DEM) procurou desvincular-se de seu ex-partido, o MDB, durante o lançamento de sua candidatura ao governo do Rio, na manhã deste domingo (29). Ao ser questionado por jornalistas o motivo pelo qual não ter mencionado o tema da corrupção, nem os políticos do MDB presos pela Lava Jato, em seu discurso, Paes disse que responde pelos seus atos e que o “seu CPF é outro”.
O ex-prefeito disse que trata do que é o seu procedimento dentro da vida pública e que sempre buscou agir com correção em suas ações. “Eu respondo pelos meus atos, meu CPF é outro. Eu sempre fiz alianças, sempre me dei com partidos. Mas meu compromisso é com a população. Eu respondo pelos meus atos como indivíduo, como homem público, e na Prefeitura do Rio”, disse.
Paes admitiu que a prisão de seu ex-aliado, o ex-governador Sérgio Cabral (MDB), contribuiu para a crise do estado, mas não citou o desvio de recursos públicos dos cofres fluminenses, apontado pelo Ministério Público Federal (MPF). “É obvio que, quando você tem uma perda de liderança, de comando, e isso vinha acontecendo há muito tempo, estimula a crise que a gente vive”, afirmou.
Paes também justificou, na entrevista para imprensa, que a corrupção é um tema que deve ser premissa de qualquer governo, mas culpou os órgãos de controle público. “A gente precisa rediscutir o tema do sistema de controle brasileiro, que tem se mostrado extremamente ineficaz. Os controles formais de governo não têm dado conta desse desafio”, disse.