23/05/2024 - 17:33
O PagBank (ex-PagSeguro) registrou lucro líquido recorrente de R$ 522 milhões no primeiro trimestre deste ano, crescimento de 33% na comparação com o mesmo período do ano passado. Sob o critério contábil, o resultado subiu 31%, para R$ 483 milhões.
O lucro antes de impostos foi de R$ 632 milhões no período, crescimento de 34,7% em um ano. O PagBank decidiu não divulgar mais o Ebitda ajustado, por entender que outros números refletem melhor seu desempenho. As despesas totais foram de R$ 3,734 bilhões, alta de 12% em um ano.
A receita líquida subiu 15% em um ano, e chegou a R$ 4,306 bilhões. A empresa atribui o avanço à maior margem em serviços financeiros e ao crescimento da plataforma de adquirência, que subiu 27% ano contra ano, e chegou a R$ 111,7 bilhões no trimestre.
O volume capturado avançou acima da média do mercado tanto entre as micro, pequenas e médias empresas (+24%) quanto no segmento que inclui grandes contas, o processamento de pagamentos feitos pela internet e também de pagamentos internacionais (+35%).
O PagBank designa como grandes contas empresas que processam mais de R$ 1 milhão em transações por mês, porte que adquirentes tradicionais de mercado classificam como médio.
“Temos usado muito nossa plataforma tecnológica e nossos dispositivos de plataforma Android, integrando com automações comerciais, para que a gente ofereça uma proposta combinada de pagamento mais automação comercial”, disse a jornalistas o CEO da empresa, Alexandre Magnani.
No negócio bancário, a empresa encerrou o trimestre com R$ 30,6 bilhões em depósitos, um crescimento de 64% em um ano. Os depósitos do PagBank são beneficiados pelos volumes da adquirência, porque a empresa permite ao cliente que antecipe de forma automática os recebíveis das transações com cartões de crédito, com depósito em uma conta do próprio banco.
A carteira de crédito ficou estável em um ano, em R$ 2,7 bilhões, diante da seletividade do banco digital nas concessões. Em um trimestre, cresceu 8%, em uma retomada da expansão após dois anos de cautela. O PagBank espera voltar gradualmente a originar linhas sem garantias, como as de capital de giro e cheque especial.
“Pelo aperfeiçoamento e a base de clientes que conseguimos, temos uma oportunidade para extrair mais valor dessa base, principalmente naqueles clientes que têm baixo ou baixíssimo risco”, afirmou Magnani.
As receitas do banco digital foram de R$ 365 milhões no primeiro trimestre, queda de 7,7% em relação ao mesmo período do ano passado.
O diretor de Relações com Investidores, ESG e Inteligência de Mercado da companhia, Éric Oliveira, afirmou que este tende a ser o último trimestre de queda no número, que ainda sofre com a comparação com períodos anteriores ao teto do intercâmbio para cartões pré-pagos, que entrou em vigor em abril do ano passado.