O País registrou uma taxa de informalidade de 39,1% no mercado de trabalho no trimestre até agosto de 2023. Havia 38,933 milhões de trabalhadores atuando na informalidade no período, segundo os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), apurada pelo Instituto Brasileiro de Economia e Estatística (IBGE).

Em um trimestre, mais 613 mil pessoas passaram a atuar como trabalhadores informais. A geração de vagas no mercado de trabalho como um todo no período totalizou 1,254 milhão.

“Cerca de metade da geração de ocupação no trimestre veio da informalidade”, resumiu Adriana Beringuy, coordenadora de Trabalho e Rendimento do IBGE.

Em um trimestre, na informalidade, houve elevação de 266 mil empregos sem carteira assinada no setor privado, de 176 mil trabalhadores domésticos sem carteira assinada, de 129 mil pessoas no trabalho por conta própria sem CNPJ, de 34 mil empregadores sem CNPJ e de 7 mil de pessoas no trabalho familiar auxiliar.

A população ocupada atuando na informalidade cresceu 1,6% em um trimestre. Em relação a um ano antes, o contingente de trabalhadores informais recuou em 374 mil pessoas, queda de 1,0%.

Segundo Adriana Beringuy, embora a taxa de informalidade permaneça elevada, o contingente de trabalhadores informais atuando no mercado de trabalho mostra tendência de estabilidade em relação aos trimestres anteriores, além de tendência de queda na comparação anual.

A pesquisadora explica que, passado o período de recuperação das vagas perdidas na pandemia, que foi puxada num primeiro momento pela informalidade, o crescimento da ocupação atualmente se dá tanto pelas vias formais quanto informais. “Agora é como se você tivesse um compartilhamento. A informalidade não tem um megaprotagonismo desse crescimento da ocupação”, disse.