01/10/2003 - 7:00
Consumidores com mais de 25 anos, de certo, já investiram boa parte de suas mesadas na compra de camisetas, shorts ou mochilas da Pakalolo. Ancorada no slogan ?De bem com a vida? e no uso de cores cítricas, a marca se tornou um ícone juvenil até sair de cena, no final da década de 90, com a falência do Grupo Ocean Tropical Criações. O longo tempo no qual ficou fora das araras e vitrines das lojas não afetou o prestígio da grife. Pelo menos é o que acreditam os empresários Gilberto Barbosa e Paulo Sérgio Luca, sócios da Parapeito Indústrial Ltda., cujo carro-chefe é a marca Bad Boy. Há dois meses eles decidiram relançar a marca, atualmente em poder da PS2 Comércio e Serviço de Moda. A dupla vai investir R$ 3 milhões nessa operação. Desse total, R$ 500 mil vão ser gastos na compra de equipamentos para a segunda fábrica da Parapeito, encarregada de produzir as linhas de moda praia e fitness. O restante será usado em ações de marketing , além de financiar as vendas a prazo para lojistas. ?Até o final do ano, as receitas com os produtos Pakalolo serão de R$ 1 milhão por mês?, estima Barbosa. O montante equivale a 40% do faturamento da companhia, que é de R$ 2,5 milhões mensais.
A Pakalolo volta às vitrines com algumas mudanças. As cores fortes deram lugar a tons mais sóbrios. Além disso, a linha de produtos foi ampliada para acessórios como bonés, carteiras e óculos. A venda vai se concentrar em lojas multimarcas voltadas para as classes C e B. Atualmente, as roupas e acessórios da grife já estão em 500 pontos-de-venda da região Centro-Sul. A meta é triplicar esse número, avançando também sobre as capitais do Norte e Nordeste. O consultor José Roberto Martins, especialista em gestão de marcas, diz que a dupla Barbosa-Luca tem boas chances de obter sucesso nessa empreitada. Segundo ele, é comum que grifes ?adormecidas? voltem ao mercado com sucesso. Cita como exemplo o tênis Conga, da São Paulo Alpargatas. ?A Pakalolo ainda tem força no segmento de vestuário?, avalia.