O que faz uma gestora de patrimônio familiar?
Diferente das instituições financeiras, que vendem produtos, uma gestora de patrimônio, ou Family Office, precisa ter uma visão completa do patrimônio da família. Analisamos aspectos financeiros e imobiliários para, então, decidir os melhores investimentos.

E qual é a meta?
Que eles possam viver bem pelo resto da vida, considerando um cenário de maior longevidade. Por isso é importante se planejar, entendendo o momento atual da família, quanto tem de poupar para se aposentar e até onde quer chegar para otimizar o patrimônio.

Quando você começou a fazer isso na área de finanças?
Foi quase sem querer, porque trabalhei na área financeira das Organizações Globo por 13 anos e comecei a ajudar minha irmã, a atriz Ingrid Guimarães. Há 15 anos decidi montar um Family Office e hoje temos escritórios no Rio e São Paulo, com mais ou menos R$ 10 bilhões sob gestão de quase 400 famílias.

Como é feita esse trabalho?
Avaliamos contratos e até heranças e traçamos um plano de vida. É uma discussão maior do que só fazer investimento, é um trabalho de longo prazo, colocando o dinheiro para manter o padrão de vida no futuro.

Em 15 anos como o trabalho evoluiu?
Desenvolvemos um método de investimento, registrado até no INPI. O Alocc sistematiza toda a forma de alocação de recursos no longo prazo, com pontos essenciais. Primeiro criamos um colchão de liquidez, levando-se em conta o custo de vida do cliente e estabelecendo uma reserva de três a cinco anos, o tempo de uma crise. Veja a pandemia. Quem tinha um ano de reserva teve problemas. Depois traçamos os investimentos, diversificando as categorias, e selecionamos os melhores gestores. Perfeito para atravessar qualquer crise.

Isso é indicado para quem?
É um serviço para um público com reservas acima de R$ 1 milhão.

Quem é e o que faz

Formada em Administração pela PUC-Rio, com MBA em Finanças Corporativas pelo Ibmec-RJ e Planejadora Financeira (CFP)
Foi executiva da área corporativa das Organizações Globo por 13 anos
Fundou a Íntegra Consultoria Financeira em 2006
Sócia-fundadora e CEO da Alocc, gestora de patrimônio familiar que desenvolveu o Método Alocc

Notas
Resgates de fundos somam R$ 43,2 bi em abril

Em abril, a indústria de fundos de investimento registrou resgates líquidos de R$ 43,2 bilhões. É o sexto mês consecutivo em que há mais resgates do que aportes. O segmento acumula saques de R$ 118 bilhões no ano, valor que se aproxima do resultado de 2022, quando a captação líquida ficou negativa em R$ 130 bilhões. Em 12 meses, o saldo negativo é de R$ 341,7 bilhões. A maior saída mensal foi na classe de renda fixa, na ordem de R$ 36,5 bilhões, segundo boletim de fundos divulgado na segunda-feira (8) pela Anbima.

Mav Capital expande atuação e mira o varejo

Com R$ 500 milhões sob gestão, a gestora de recursos independente Mav Capital está ampliando sua atuação e pretende lançar novos fundos ao longo de 2023 voltado ao varejo. Especializada em créditos estruturados e ativos ilíquidos, a empresa deve terminar 2023 com algo entre R$ 750 milhões e R$ 1 bilhão. A Mav conta com dois fundos em operação e dois contratados, todos relacionados ao agronegócio. “Nosso projeto é atingir o público em geral no segundo semestre”, diz o sócio e gestor André Ito.

Abrasca inicia pesquisa de cibersegurança

A Associação Brasileira das Companhais Abertas (Abrasca) inicou em maio a colela de dados
da primeira pesquisa sobre cibersegurança em companhias abertas. O projeto é desenvolvido em conjunto com pesquisadores da Security Design Lab (SDL), laboratório francês com operação na Europa e na América do Sul. O objetivo da pesquisa é entender a maturidade das companhias abertas sobre a cibersegurança. O resultado poderá ajudar a desenvolver soluções em prol da segurança das empresas.