A queda da pálpebra superior, que fica acima dos olhos, é considerada uma doença oftalmológica, a ptose palpebral – comumente chamada de “pálpebra caída”. A condição vai além de um problema estético e pode causar perda da visão.

De acordo com a Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica Ocular (SBCPO), a ptose pode causar restrição do campo visual superior ou oclusão do eixo visual. No caso de oclusão, que é especialmente grave em crianças, pode comprometer o desenvolvimento da visão.

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A ptose palpebral pode ser congênita, decorrente de uma má formação do músculo que levanta a pálpebra superior, ou adquirida ao longo da vida. Ela pode surgir por alguns motivos, como por alteração no tônus muscular, mais comum em idosos.

O uso de lentes e alergias também podem levar à queda da pele sobre o olho, causando uma sensação de peso sobre o campo visual.

Tratamento da ptose palpebral

Vale lembrar que essa é uma doença que não se trata de excesso de pele, e está relacionada ao músculo que a levanta, portanto, procedimentos estéticos como aplicação de botox não são indicados.

A doença pode ser confundida com a dermatocálase, que é a condição relacionada ao excesso de pele ao redor dos olhos, causando prejuízos estéticos, visuais e até dor. Para o diagnóstico correto, é necessário buscar um oftalmologista.

Segundo a SBCPO, o tratamento para a pstose é cirúrgico e as técnicas variam de acordo com o tipo e o grau do problema e envolvem a suspensão a pálpebra a partir do músculo frontal, o avançamento da aponeurose do músculo levantador, ou a ressecção do músculo de Muller.

Os resultados dependem do tipo de pstose, gravidade e função do músculo elevador.