O governo panamenho desmentiu, nesta terça-feira (22), o presidente da Colômbia, Gustavo Petro, que afirmou, na véspera, que o Canal do Panamá estava fechado por falta d’água.

“O Canal do Panamá mantém abertas suas operações e o livre trânsito, para facilitar a mobilidade e o comércio mundial”, afirmou o ministério da Presidência panamenho na rede social X (antigo Twitter). “A informação que circula em redes sociais não é correta e distorce a realidade.”

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A reação do governo panamenho acontece depois que Gustavo Petro publicou na mesma rede social que o canal estava fechado “devido à seca” e compartilhou um vídeo que mostra navios aparentemente parados.

O presidente do México, Andrés López Obrador, também mencionou ontem “a situação especial” da rota panamenha, afetada pela escassez de água devido à seca.

O canal, que utiliza cerca de 200 milhões de litros de água doce a cada embarcação que passa por ele, enfrenta uma seca, fruto da escassez de chuvas. A situação obrigou autoridades a reduzirem de 40 para 32 o número de navios que podem fazer essa rota diariamente, o que provoca longas filas de embarcações em seus acessos.

Segundo a Autoridade do Canal do Panamá (ACP), normalmente cerca de 90 navios ficam aguardando para cruzar o canal, cifra que chega atualmente a cerca de 120. A Autoridade afirmou hoje que o compromisso dessa via de ser “uma opção confiável e sustentável para a comunidade marítima global” permanece “inabalável”.

Para economizar água, a ACP reduziu o calado dos navios em dois metros, o que resultou em uma capacidade de carga menor para as embarcações.