25/08/2004 - 7:00
No início da década de 90, a fabricante japonesa de eletroeletrônicos Panasonic trouxe para o Brasil seu modelo global de revenda exclusiva. Batizada de Panashop, a rede não ultrapassou a marca de três unidades na capital paulista. Montante modesto para quem controlava 21 mil pontos-de-venda em sua terra natal. O negócio só ganhou corpo após 1994, quando Adhemar Volpe, diretor da empresa nipônica, comprou a bandeira. Ele manteve o nome, mas aos poucos foi adicionando novas grifes às prateleiras (Philips, Sony e Gradiente). Também ampliou a família de produtos para celulares e eletrodomésticos. Tudo com o aval dos asiáticos. A estratégia mostrou-se acertada. Hoje, a Panashop é uma potência do varejo. Suas receitas cresceram 40% para R$ 144 milhões em 2003 e a expectativa é repetir a dose este ano, avançando para R$ 200 milhões. Boa parte disso foi obtido com a expansão do número de lojas ? são 22 unidades ? e a incorporação da Bestmix, em 1998, que está presente em nove shoppings de São Paulo.
Volpe, contudo, não pretende parar por aí. O plano estratégico traçado pelo empresário prevê colocar o grupo Panashop/Bestmix no clube das companhias que faturam um bilhão de reais, até o final de 2007. Para chegar lá, ele espera contar com a ajuda de investidores interessados em faturar com a recém-lançada franquia da marca Panashop. ?Queremos abrir 200 unidades até 2007?, diz Edson Pinto, diretor da empresa. Como cada unidade exige investimento em torno de R$ 50 mil, sem contar o gasto com o aluguel do ponto-de-venda, esse processo representará um desembolso global de R$ 100 milhões. As cidades em um raio de 120 quilômetros da capital paulista continuarão sob o controle de Volpe. Será que tem lugar para tantas lojas de eletroeletrônicos no Brasil? Pinto aposta que sim. ?O País conta com 470 shopping centers aptos a abrigar nossa bandeira?, garante.
O sucesso da Panashop está ligado à adoção de serviços diferenciados: as mercadorias são entregues e instaladas em até 24 horas. Além disso, o consumidor têm prazo de até 90 dias para trocar o produto caso se arrependa da compra. ?É uma forma inteligente de fidelizar os clientes?, opina Heloísa Omine, professora da Escola Superior de Propaganda e Marketing. Os números refletem bem isso. Um milhão de pessoas já passaram pelos caixas da rede Panashop/Bestmix.
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