07/05/2020 - 6:02
O grupo de capital belga e brasileiro AB InBev, líder mundial do setor de cervejas, anunciou nesta quinta-feira (7) um prejuízo de 845 milhões de dólares no primeiro trimestre de 2020, período marcado pela pandemia do coronavírus e espera um impacto maior no segundo trimestre.
O grupo com sede na cidade belga de Leuven registrou no primeiro trimestre de 2019 um lucro líquido de 2,395 bilhões de dólares.
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“O alcance do impacto da pandemia de COVID-19 em nossos futuros resultados continua incerto”, afirma a AB InBev em um comunicado, no qual antecipa que o segundo trimestre refletirá um “impacto maior” pelas medidas de confinamento no mundo.
Em abril, o volume mundial de cerveja caiu 32%, explicou o grupo, proprietário de marcas que incluem Budweiser, Stella Artois e Corona. No fim de março a empresa retirou suas perspectivas para 2020 pela incerteza vinculada ao vírus.
O lucro operacional ajustado Ebitda, que serve de referência para as previsões internas, retrocedeu 13,7%, a 3,949 bilhões de dólares, assim como o volume de negócios, que caiu 5,8%, a 11 bilhões de dólares.
Os produtos combinados de suas três marcas mundiais – Budweiser, Stella Artois e Corona – retrocederam 11%.
O grupo afirma, no entanto, que se prepara para uma “forte recuperação” e destaca que sua “prudente disciplina financeira” permitiu manter uma “sólida situação de liquidez”.
“Algumas tendências emergentes, como as vendas digitais, o comércio eletrônico e o ‘marketing’ on-line, progrediram consideravelmente nos últimos meses”, aponta a AB InBev.
As “bases sólidas” construídas neste âmbito, de acordo com o grupo belga-brasileiro, o “colocam em uma situação forte para captar o crescimento que as novas tendências oferecem”.
Neste sentido, a empresa espera “beneficiar-se das melhores práticas” de sua experiência na China e na Coreia do Sul, onde “estão aparecendo os primeiros sinais de recuperação”, para aplicá-las em outros mercados.
“Para contextualizar as coisas, na China nossos volumes diminuíram 17% em abril, ou seja, um progresso na comparação com a queda de 46,5% registrada no primeiro trimestre”, explica a AB InBev.