O Grupo Pão de Açúcar apresentou prejuízo de R$ 1,1 bilhão no quarto trimestre de 2022. No mesmo período de 2021 houve lucro líquido de R$ 777 milhões. O número ruim foi puxado por despesas de R$ 956 milhões com provisões para demandas trabalhistas, gastos com reestruturação e redução na receita de operações financeiras. O Ebitda ajustado, que mede o resultado operacional, ficou em R$ 236 milhões, queda de 25%. Para os analistas do BTG Pactual, os números foram fracos por causa da operação no Brasil. A receita líquida, de R$ 4,9 bilhões, ficou 2% abaixo das expectativas dos analistas. “Por outro lado as pequenas lojas de bairro foram o destaque positivo, com as vendas sobre mesmas lojas crescendo 17%”, afirmaram Luiz Guanais e sua equipe, que assinam o relatório. As expectativas futuras, porém, não são nada animadoras para a empresa. “Atualmente o Pão de Açúcar está com 46% de suas vendas focadas na alta renda. Esse setor tende a continuar pressionado por causa da alta da inflação”, afirmaram. “Vemos o ativo com um risco maior em relação a outras do varejo”, disseram.