20/03/2022 - 16:32
Francisco usou missa de domingo para pedir que líderes mundiais tomem medidas para acabar com “guerra repugnante” na Ucrânia. Papa ainda pediu medidas para impedir que refugiados entrem na mira de traficantes de pessoas.O papa Francisco, continuando com sua onda de críticas implícitas à Rússia, classificou neste domingo (20/02) o conflito na Ucrânia de um “massacre sem sentido” e pediu aos líderes mundiais que parem “esta guerra repugnante”.
“Infelizmente, a violenta agressão à Ucrânia não está diminuindo”, disse ele a cerca de 30 mil pessoas na Praça de São Pedro em sua tradicional missa de domingo.
+ Zelensky questiona Israel: ‘Por que não enviam armas para a Ucrânia?’
“É um massacre sem sentido, no qual a cada dia se repetem massacres e atrocidades”, disse Francisco, que até agora evitou mencionar a Rússia pelo nome, em sua mais recente condenação à guerra.
“Não há justificativa para isso”, acrescentou.
“Peço a todos os atores da comunidade internacional que se comprometam verdadeiramente a parar esta guerra repugnante”, disse o papa, arrancando vivas e aplausos da multidão.
“Esta semana mísseis e bombas atingiram civis, idosos, crianças e mães grávidas”, disse ele.
Francisco também falou sobre sua visita no sábado a um hospital de Roma que trata crianças feridas na Ucrânia.
“Uma estava sem um braço e outro tinha um ferimento na cabeça”, disse.
Francisco também cobrou medidas contra o potencial tráfico de pessoas que fogem da Ucrânia.
“Vamos pensar nessas mulheres, nessas crianças… que estão sem trabalho, separadas de seus maridos. Eles serão procurados pelos ‘abutres’ da sociedade. Por favor. Vamos protegê-los”, disse
As autoridades da Polônia já viram indicações de que os traficantes de pessoas podem estar visando refugiados que fogem da guerra na Ucrânia.
Já as autoridades de Berlim, na Alemanha, alertaram os refugiados ucranianos para que não aceitem ofertas de dinheiro ou acomodação de estranhos devido a preocupações de que eles possam ser atraídos para prostituição ou outras formas de tráfico humano.
jps (Reuters, ots)