28/01/2022 - 12:59
Por Philip Pullella
CIDADE DO VATICANO (Reuters) – O papa Francisco afirmou na sexta-feira que compartilhar notícias falsas e desinformação sobre a Covid-19 e as vacinas, incluindo pelos veículos católicos, é uma violação dos direitos humanos.
Foi a segunda vez em menos de um mês que o papa de 85 anos falou sobre o assunto. Há três semanas, Francisco condenou a desinformação ideológica “sem fundamentos” sobre vacinas, apoiando campanhas nacionais de imunização e classificando os cuidados à Saúde como uma obrigação moral.
O papa fez os comentários em um pronunciamento a membros do consórcio catholicfactchecking.com, de veículos de imprensa católicos e cujo site diz ter o objetivo de “esclarecer notícias falsas e informações enganosas” sobre vacinas contra a Covid.
“Estar informado apropriadamente, receber ajuda para situações baseadas em dados científicos e não notícias falsas, é um direito humano”, disse o papa ao grupo. “A informação correta precisa ser garantida acima de tudo aos que são menos equipados, aos mais fracos e aos que são mais vulneráveis.”
Francisco denunciou o espalhamento da “infodemia”, que classificou como uma distorção da realidade fundamentada no medo, nas notícias falsas ou inventadas e em “supostas informações científicas”.
Os que acreditam em notícias falsas não deveriam ser colocados em “guetos”, mas tentativas precisam ser feitas para tentar conquistá-los com a verdade científica.
“As fake news precisam ser refutadas, mas as pessoas individuais precisam ser sempre respeitadas, pois muitas vezes elas acreditam sem consciência total ou responsabilidade”, disse Francisco.
(Reportagem de Philip Pullella)