01/01/2025 - 18:12
O papa Francisco começou o Ano Novo com um apelo para que os fiéis rejeitem o aborto e pediu um “compromisso firme” para proteger e respeitar a vida desde a concepção até a morte natural.
O pontífice de 88 anos celebrou nesta quarta-feira, 1º, uma missa de Ano Novo na Basílica de São Pedro dedicada a Maria, a mãe de Jesus.
Em sua homilia no Vaticano, orou para que todos aprendam a cuidar de “todo filho nascido de mulher” e proteger “o precioso dom da vida: a vida no útero, as vidas das crianças, as vidas dos que sofrem, os pobres, os idosos, os solitários e os moribundos”.
“Peço um compromisso firme para respeitar a dignidade da vida humana desde a concepção até a morte natural, para que cada pessoa possa valorizar a própria vida e todos possam olhar com esperança para o futuro”, disse ele, usando a fórmula que a Igreja emprega em sua oposição ao aborto e também à eutanásia.
Nos últimos anos, o jesuíta argentino tem falado com mais ênfase sobre o aborto do que no início de seu pontificado. Após dois papas focados na doutrina, Francisco se queixou nos primeiros meses de seu papado em 2013 de que a Igreja estava obcecada com “regras mesquinhas” sobre temas polêmicos, como o aborto.
Francisco agora se refere regularmente à realização de um aborto como “contratar um assassino para resolver um problema”. Recentemente causou indignação na Bélgica quando criticou sua lei de aborto chamando-a de “homicida” e anunciou que queria beatificar o falecido rei da Bélgica, que abdicou por um dia em vez de aprovar a lei que legalizava a intervenção.
A missa matinal era o último grande evento do agitado calendário natalino de Francisco. Para o papa, que sofre de problemas respiratórios recorrentes, a temporada de 2024 apresentou um desafio adicional com o início do grande Ano Santo do Vaticano, uma celebração da fé que ocorre uma vez a cada quarto de século e que se espera atraia 32 milhões de peregrinos a Roma durante 2025.
Falando aos peregrinos reunidos na ensolarada Praça de São Pedro, Francisco lembrou a mensagem central do Jubileu sobre a necessidade de perdoar dívidas. Fez novamente um apelo aos líderes mundiais dos países ricos para que eliminem ou reduzam as dívidas que os países mais pobres devem.
Francisco instou os líderes cristãos, em particular, a “dar o bom exemplo” tomando a iniciativa de perdoar dívidas.