04/09/2002 - 7:00
Luigi Papaiz, dono da tradicionalíssima Papaiz, líder nacional em vendas de cadeados, está abrindo novos mercados. Associou-se à italiana Faber, fabricante de cilindros para produtos com gás, e pretende conquistar 30% do segmento nacional de tanques de gás natural para veículos. ?A empresa buscava novos negócios fora da área de construção civil e encontrou um em plena expansão?, afirma Oswaldo Colombo, diretor de controle e planejamento. Os cilindros serão feitos na Itália, com placas de aço mandadas pela Papaiz, até que a fábrica brasileira da sociedade fique pronta no próximo ano. Para isso, serão investidos cerca de US$ 15 milhões e espera-se uma produção em torno de dez mil cilindros por mês. ?A idéia é exportar para toda a América do Sul. A Argentina, por exemplo, é hoje o maior mercado do mundo no setor; são cerca de 400 mil carros circulando com gás natural no país?, diz Colombo. O Brasil deve superar esse número no primeiro trimestre de 2003. A frota brasileira a gás natural está perto dos 350 mil veículos.
A cada ano, estima-se que mais 150 mil carros sejam convertidos para gás natural no Brasil. O custo da conversão ainda é alto, até
R$ 3 mil, mas a economia de combustível seduz os motoristas. O gasto para abastecer o carro cai em média 40%. ?Nos períodos de crise, crescemos porque todas as pessoas estão pensando em reduzir custos?, conta Colombo. Entre os taxistas, clientes em potencial dessa tecnologia, a Faber é uma grande conhecida, especialmente porque os cilindros feitos por ela podem ser até 20% mais leve que os dos concorrentes. ?Isso vai nos ajudar a ganhar clientes?, acredita Colombo. As primeiras peças produzidas em sociedade chegaram ao mercado no mês passado e a Papaiz está montando uma equipe comercial só para o negócio. ?É um ramo totalmente novo para nós?, diz o diretor da empresa. A expectativa é que ele se torne tão seguro quanto os cadeados que rendem
R$ 100 milhões por ano à companhia.