A febre da Black Friday acabou?
Com o volume de informações digitais que as empresas têm atualmente, o desafio da Black Friday (que no Brasil acontece em 26 de novembro) ganhou contornos além do grande desconto do produto. Dados, insights, aproveitamento de ecossistema de negócios são a nova forma de ver a data. A febre não acabou. De acordo com a Pricewaterhouse Coopers, mais de 70% dos clientes nos maiores países europeus pretendem comprar na data ou na Cyber Monday. Mas redução dos preços continua não impressionando muito. O decréscimo médio para a maioria dos produtos no mundo foi de 3,4% em 2020 e 4% em 2019, segundo pesquisa da Deloitte.

Como se diferenciar nesse negócio?
A maioria das empresas coloca apenas alguns poucos produtos em promoção enquanto os demais continuam iguais. Esperam conseguir mais vendas graças a esse “gerador de tráfego” da data, encorajando consumidores a comprarem mais produtos. A diferenciação não deve ser apenas com descontos, mas sim com extras: melhores formas de entrega e pontos por fidelidade. A Ikea, por exemplo, instituiu o Buy Back Friday, oferecendo vouchers para novos produtos se a pessoa levar um antigo móvel Ikea que não usa mais.

Empresas aprenderam com erros na Black Friday?
Sim. Que esses descontos de perto de 40% só para entrar na vibe da data, sem analisar a real rentabilidade, além de prejuízo, não fideliza o consumidor, que vem, compra e vai embora.

(Nota publicada na edição 1248 da Revista Dinheiro)