O membro do conselho do Banco do Japão (BoJ, na sigla em inglês), Asahi Noguchi, considera o contínuo relaxamento da política monetária como “requisito mais básico” e importante para que os salários cresçam acima da inflação. Segundo Noguchi, ao contrário dos Estados Unidos e da Europa, a tendência subjacente da inflação permanece baixa no país.

“Para que a economia japonesa volte a uma trajetória de crescimento sustentável, é fundamental que haja uma ‘elevação sinérgica sustentada e estável dos preços salariais’, em que os salários nominais superem os preços e ambos continuem subindo moderadamente”, explicou ele.

A declaração de Noguchi aconteceu nesta quinta-feira, durante discurso sobre a política monetária japonesa, na Conferência de Economia e Finança de Akita.

O membro do conselho do BoJ esclareceu que a inflação enfrentada no país é fruto do aumento de preços dos bens importados e da inflação de custos, não de problemas na demanda.

“O fracasso da economia japonesa em atingir a meta de estabilidade de preços de 2%, apesar do afrouxamento monetário de longo prazo, não levou a um aumento suficiente dos salários nominais e, como resultado, de serviços suscetíveis a flutuações salariais”, argumentou Noguchi, relembrando o início da política de “afrouxamento monetário quantitativo e qualitativo” em 2013, com objetivo de combater a deflação prolongada e conquistar a estabilidade de preços.