20/02/2025 - 17:11
O diretor do Conselho Econômico Nacional da Casa Branca, Kevin Hassett, afirmou que uma das prioridades do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, é o “controle da inflação americana”. Durante uma coletiva de imprensa para “celebrar os feitos do primeiro mês” do novo governo republicano, Hassett disse estar otimista com o futuro do índice inflacionário do país.
“Nossas políticas dão muitos motivos para o enorme otimismo econômico dos americanos. Estamos reduzindo os gastos do governo e, ao reduzir esses gastos, reduzimos a inflação”, destacou Hassett. “Se a inflação cair, os rendimentos dos Treasuries de 10 anos também irão para baixo”, acrescentou.
Ele afirmou ainda que a inflação nos Estados Unidos atingiu níveis “altíssimos” durante o governo de Joe Biden, devido ao elevado volume de gastos governamentais, segundo ele.
Hassett minimizou o impacto inflacionário das medidas tarifárias de Trump. O conselheiro econômico ressaltou que “é possível substituir a receita de impostos pela renda de tarifas” e destacou que apenas as tarifas sobre produtos da China devem gerar uma receita de “entre US$ 500 bilhões e US$ 1 trilhão nos próximos dez anos”.
Mais cedo, o secretário do Comércio dos EUA, Howard Lutnick, adotou um tom semelhante ao afirmar que as tarifas anunciadas por Trump “não causarão inflação nem recessão”.
Lutnick também declarou que o presidente pretende abolir o Internal Revenue Service (IRS, a Receita Federal dos EUA) e criar um “serviço de arrecadação externo”. Hassett acrescentou que as demissões no IRS devem superar 3.500 funcionários.
Também nesta quinta-feira, o secretário do Tesouro dos Estados Unidos, Scott Bessent, afirmou que todas as medidas feitas por Trump são desinflacionárias e projetou uma maior receita do governo.