21/11/2007 - 8:00
Imagine jantar ao lado de autênticos quadros de Candido Portinari, Di Cavalcanti, Tarsila do Amaral. Não bastasse apreciar as obras desses mestres da arte brasileira, a música, os pratos, a bebida e um guia são parte de um roteiro que faz você viajar no tempo até a época desses grandes artistas. Detalhe: não se trata de um restaurante. Na verdade, o endereço é a Pinacoteca do Estado de São Paulo, dona de um acervo de quatro mil obras. Pois bem, é possível jantar lá nos horários em que o local está fechado para o público. Essa novidade faz parte do pacote de serviços da recém-lançada empresa Cult Mais. ?Criei uma experiência cultural diferenciada, restrita a um público sofisticado?, diz Marina Mesquita, a dona da Cult Mais. O cliente também pode optar pelo Museu da Língua Portuguesa, Estação Pinacoteca, Museu da Casa Brasileira, Fundação Ema Klabin ou Cinemateca Brasileira. Além da Cult Mais, outras empresas passaram a oferecer serviços exclusivos para o público endinheirado que busca privacidade.
É possível, por exemplo, alugar a academia Runner; fechar o Pão-de-Açúcar, no Rio de Janeiro; jogar futebol no estádio do Pacaembu, em São Paulo, e ter a sala de cinema UCI só para você. É claro que tudo isso custa caro. Os jantares organizados pela Cult Mais nos principais museus de São Paulo custam entre R$ 2 mil e R$ 50 mil ? só o espaço. O aluguel do Pão-de-Açúcar sai por R$ 25 mil; o jogo noturno no estádio do Pacaembu, R$ 18,5 mil, e o uso da academia Runner, na Granja Viana, em São Paulo, depois das 22h, gira em torno de R$ 2 mil. ?Já tivemos grupos de amigos que alugaram a academia só para eles?, diz Peter Thomas, sócio da Runner. Essa proposta também foi adotada pela rede de salas de cinema UCI. A companhia criou um pacote para ocasiões especiais que varia de R$ 2 mil a R$ 4 mil, inclui uma sala de cinema com os melhores filmes em cartaz e capacidade para até 400 pessoas. ?Transformamos o cinema em um espaço exclusivo?, explica Monica Portella, diretora de marketing da UCI. Quem vai nesses eventos, apesar de pagar alto, não se arrepende. ?Todos saem deslumbrados?, diz Marina Mesquita, da Cult Mais.