Rio, 6 – O presidente do Instituto Brasileiro do Algodão (IBA), Alexandre Schenckel, afirmou, na sexta-feira, 3, que o desempenho das exportações brasileiras de algodão neste ano vai depender da demanda da China pela pluma nacional. “A China teve uma supersafra de algodão. E esse menor apetite afetou os embarques do algodão brasileiro”, disse Schenckel, nos bastidores do Rio+Agro.

Ao todo na safra, 500 mil toneladas de algodão devem ser exportadas ao mercado chinês ante 1,318 milhão de toneladas comercializadas na safra passada.

Schenkel acredita que outros destinos, como Vietnã, Índia e Egito, possam ajudar a consumir parte da pluma que não será exportada para a China. “Temos que exportar pelo menos 90% do produzido na safra 2024/25 para não ter carregamento de estoques e pressionar preços para safra nova”, ponderou.

A expectativa é de exportação de cerca de 3,2 milhões de toneladas na safra 2024/25, colhida neste ano. O Vietnã deve ser o principal destino com 532 mil toneladas exportadas.

O consumo interno deve ficar entre 600 mil e 700 mil toneladas. A safra alcançou, segundo Schenckel, 4,1 milhões de toneladas.

Em contrapartida à retração na venda à China, as exportações para a Índia devem crescer de 8 mil toneladas em 2023/24 para 156 mil toneladas na temporada atual. “A intenção é ampliar ainda mais a exportação para o mercado indiano”, afirmou.

O Egito é outro mercado crescente com as vendas saindo de 18 mil toneladas para 77 mil toneladas no ciclo atual.