A Movida, segunda maior locadora de carros do Brasil, com receita de R$ 1,9 bilhão até o terceiro trimestre deste ano, foi uma das primeiras a trazer uma grande variedade de carros de luxo ao mercado de locação. Mas não quer dizer que a companhia deixou de olhar para a base da pirâmide. Prova disso é que a empresa passou a abocanhar um filão que era pouco explorado por empresas do setor: a classe C. E o resultado começou a aparecer. Em 2014, essa camada da população representava apenas 1% dos clientes da companhia. Neste ano, eles já são 11% da base de 1 milhão de clientes ativos. “Abrimos lojas em bairros como São Miguel Paulista, em São Paulo, e Madureira, no Rio de Janeiro, e também em rodoviárias”, diz Renato Franklin, CEO da Movida.

Uma fração do salário mínimo

O executivo, convidado do programa MOEDA FORTE na TV Dinheiro que vai ao ar na segunda-feira, 18 de dezembro, afirma que os brasileiros perceberam que alugar carro ficou barato. “Há 15 anos, um salário mínimo não pagava quase uma diária de aluguel. Hoje, paga quase 11 diárias”, diz Franklin. “A indústria de aluguel de carros ganhou muita eficiência.” Com uma frota de 75 mil carros, a companhia tem conquistado uma média de 30 mil novos clientes por mês para a sua base. “Enquanto a média de locação de carro gira entre 3 dias e 4 dias, os clientes da classe C alugam por cerca de um dia e meio”, diz o executivo.

Nota publicada na Edição 1049 da Revista Dinheiro com colaboração de: Luana Meneghetti  e Márcio Kroehn