18/06/2017 - 18:11
A capital paulista reviveu uma tarde de carnaval neste domingo, 18, durante a Parada do Orgulho LGBT. Seja a garrafa de catuaba na mão, a purpurina no rosto ou a fantasia de unicórnio e os maiôs, ao menos algum desses itens da folia de rua está presente em todos os grupos de amigos que acompanham os trios elétricos que ainda desfilam nesta tarde na Rua da Consolação, lotada. A diferença mesmo é a presença das bandeiras de arco-íris, símbolo do Orgulho LGBT.
A diversidade está no público e também nos sons dos trios. Além do axé de Daniela Mercury, que cantou ao vivo, os trios tocam sertanejo, samba, funk (“Deu Onda”, sucesso do último carnaval) e principalmente música eletrônica.
Vinda do Ipiranga com amigos, a estudante Letícia Dantas, de 22 anos, diz que veio para aproveitar a festa com o mesmo espírito com que foi ao carnaval. “Tem a parte política, lutar contra o preconceito, criminalizar a homofobia. Mas lógico que tem a festa também, que é muito legal”, disse a jovem.
Assim como no carnaval, foi possível observar com facilidade nas calçadas pessoas passando mal pelo excesso de bebida. Uma tenda para atendimento de quem exagerou estava montada na entrada do Cemitério da Consolação, mas os funcionários não quiseram dar o número de atendidos.
Por outro lado, havia também muitos curiosos que foram só acompanhar a festa. “(A Parada) é uma festa, mas também é para levar a mensagem da tolerância, do respeito. Por isso que a gente trouxe ele”, disse a professora Marta de Souza, de 39 anos, se referindo ao filho de 5 anos – que estava vestido com uma camiseta do filme Mulher-Maravilha e brincava com uma menina do mesmo tamanho e fantasia de princesa.
Uma queixa foi a curta duração do show da cantora Anitta. “Não vim aqui ‘só’ para ver a Anitta, mas queria ter visto ela também”, contou o analista de cobrança Rubens Lima, de 27 anos. A cantora apresentou duas músicas em um dos trios no começo da tarde e depois saiu. No Twitter, disse que a divulgação de sua participação estava incorreta.