Por Marco Aquino

LIMA (Reuters) – O Congresso do Peru aprovou a destituição do presidente Pedro Castillo em um processo de impeachment nesta quarta-feira, horas depois de ele dizer que dissolveria o Legislativo por decreto e colocar o país andino em uma crise constitucional total.

Ignorando a tentativa de Castillo de fechar o Congresso, os parlamentares avançaram com o processo de impeachment, com 101 votos a favor de removê-lo do cargo, seis contra e 10 abstenções. O Legislativo convocou a vice-presidente Dina Boluarte para assumir o cargo.

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Embora não esteja claro quem acabará prevalecendo, Castillo parecia estar perdendo o controle do poder quando os aliados o abandonaram e ministros, as Forças Armadas, a polícia e o embaixador dos EUA criticaram sua decisão de fechar o Congresso fora dos canais legais normais.

“Os Estados Unidos rejeitam categoricamente qualquer ato extraconstitucional do presidente Castillo para impedir o Congresso de cumprir seu mandato”, escreveu a embaixadora dos EUA no Peru, Lisa Kenna, no Twitter.

O Peru, que passou por anos de turbulência política, já viu grandes impasses entre o presidente e o Congresso antes.

O presidente Martín Vizcarra dissolveu o Congresso e posteriormente sofreu impeachment em 2020. Três décadas atrás, o ex-presidente Alberto Fujimori, atualmente preso por abusos de direitos humanos e corrupção, também anunciou a dissolução do Congresso.

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