07/08/2018 - 22:13
Parlamentares petistas protocolaram no Supremo Tribunal Federal (STF) na tarde desta terça-feira, 7, pedido de audiência entre os ministros da Corte e os manifestantes que há sete dias fazem greve de fome pela libertação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), condenado e preso na Operação Lava Jato. A intenção do encontro com os magistrados é cobrar a inclusão na pauta do plenário das Ações Declaratórias de Constitucionalidade, que tratam da prisão após condenação em segunda instância.
Participaram do ato os senadores Gleisi Hoffmann (PR), presidente do partido, e Lindbergh Farias (PB) e os deputados federais Nilto Tatto (SP), Leonardo Monteiro (MG), Bohn Gass (RS), Henrique Fontana (RS), Padre João (MG), Paulo Pimenta (RS), Assis Carvalho (PI), João Daniel (SE).
Ao chegarem, os parlamentares, grevistas e manifestantes foram inicialmente impedidos de ingressar na seção de protocolo da Corte pela equipe de seguranças do STF. A medida tinha o objetivo de evitar manifestações no entorno do Supremo, afirmaram os seguranças.
A presidente da sigla considerou a situação “esdrúxula”. “Nunca impedimos ministros de entrarem no Congresso. Só gente que tem muito medo é que faz esse tipo de coisa, isso é um retrato da crise institucional”, disse.
Pouco mais de quinze minutos depois, a situação foi resolvida e os deputados, senadores e grevistas puderam entrar para assinar os documentos. “(Viemos) Mostrar que quem está em greve quer se manifestar junto às autoridades judiciais, mostrar o que está acontecendo, pedir para que Lula seja libertado, os processos julgados, mostrar apoio ao presidente Lula e a preocupação com o País. Acho que isso é muito importante”, disse Gleisi.
Greve de fome
A greve de fome começou na última terça-feira, 31. Integram a greve de fome integrantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), do Movimento dos Pequenos Agricultores (MPA) e da Central dos Movimentos Populares (CMP).
De acordo com os coordenadores dos movimentos, os protestos vão ocorrer em Brasília, na frente da sede da Corte, e abrem uma série de atos que reivindicam a candidatura do petista, preso em Curitiba desde 7 de abril.
“A ideia é só sair no dia em que Lula for solto, porque Lula representa para nós a possibilidade de restabelecer a ordem democrática, a soberania nacional e a dignidade para o povo brasileiro”, afirmou na semana passada Jaime Amorim, integrante do MST de Pernambuco.