08/10/2020 - 7:01
O Parlamento Europeu aprovou formalmente nesta quinta-feira sua nova estratégia climática, que prevê uma ambiciosa meta de reduzir em até 60% as emissões de gases que provocam o efeito estufa até 2030.
O objetivo de redução de 60% é a ainda mais ambicioso do que havia sido anunciado em setembro pela presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, que mencionou 55%.
+ CEO da Apple diz que incêndios e furacões mostram impacto da mudança climático
+ OMS Europa pede ações contra a crescente “fadiga” da pandemia
A estratégia foi estabelecida na quarta-feira à noite no Parlamento Europeu, durante a votação de emendas. Nesta quinta-feira, o texto definitivo foi aprovado por 392 votos a favor, 161 contrários e 142 abstenções.
O social-democrata Frans Timmermans, coordenador do chamado “Acordo Verde” na Comissão Europeia, comemorou no Twitter a aprovação do documento.
“Com seu voto sobre a lei climática, o Parlamento Europeu envia uma mensagem forte sobre a necessidade de ser ambicioso na resolução da crise climática”, escreveu.
“A nova legislação pretende consagrar em um marco vinculante a promessa política de alcançar a neutralidade climática na Europa até 2050”, destacou o Parlamento Europeu em um comunicado.
A nova legislação será objeto de negociação entre o Parlamento Europeu e os países membros, que ainda não se comprometeram com uma posição comum. A Polônia, altamente dependente do carvão, é contrária a metas climáticas mais ousadas.
Em 16 de setembro, Von der Leyen propôs que a meta europeia de redução de emissões de CO2 deveria aumentar de 40% a pelo menos 55%, um objetivo que considerou “ambicioso mas factível”.