O Serviço Nacional de Parques dos Estados Unidos está selecionando voluntários para matar 12 bisões no Parque Nacional do Grand Canyon, no estado do Arizona.

As inscrições para este acontecimento já estão fechadas. Segundo a administração do Parque, se voluntariaram mais de 45 mil pessoas para matar os animais. Os 12 voluntários ainda serão anunciados no fim do mês, consoante o cumprimento dos critérios, mas já se sabe como será realizada a captura.

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O programa terá início em setembro, e irão decorrer quatro operações com uma duração de cinco dias, nos quais os voluntários terão a ajuda de uma equipe para matar um bisão, que será depois distribuído entre a equipe e as 11 tribos locais.

O motivo é a população de bisões no Parque Nacional, que tem aumentado e, segundo as autoridades, também está prejudicando os ecossistemas e os recursos naturais do mesmo. A ideia é reduzir a população atual que possui cerca de 600 animais, para menos de 200, ou seja, retirar mais de 400 bisões do Grand Canyon.

Segundo o Parque Nacional, o controle da fertilidade pode levar muito tempo e requer aplicações caras e repetições com frequência para atingir reduções populacionais significativas, por isso mesmo, as medidas de controle de fertilidade por si só não reduziriam rapidamente a população atual de bisontes para menos de 200 no período de 3 a 5 anos.

A Organização Não Governamental PETA – People for the Ethical Treatment of Animals já se manifestou em relação a este acontecimento. Para eles, este é um exercício hediondo de caça de troféu e não fará nada para controlar o número de bisões a longo prazo, porque tal atitude só faz com que as populações de animais se recuperem quando a perda de membros do rebanho resulta num aumento da comida. Se matar realmente reduzisse as populações de animais, métodos letais não seriam propostos ano após ano, disseram em comunicado.

“Somando-se a este fiasco cruel e sem sentido o fato de que pode ser difícil para os caçadores terem um tiro certeiro, fazendo com que os animais sofram mortes violentas, lentas e dolorosas. (…) Nunca alcançaremos a harmonia ecológica através do cano de uma arma”, destacam.