08/09/2020 - 13:43
O presidente da Hapvida, Jorge Pinheiro, afirmou que as compras do Grupo Promed e do Grupo Samedh, em Minas Gerais e em Goiás, estão em linha com os planos da companhia para seguir com aquisições de ativos regionais no País em meio à crise. “Depois que empregarmos o capital nessas aquisições, teremos um caixa robusto que nos permitirá ser ágeis e agressivos em aquisições”, disse ele durante teleconferência com investidores e analistas para comentar as transações.
Segundo ele, a compra do Grupo Promed, que tem valor de R$ 1,5 bilhão, será paga parte em ações e parte em dinheiro, sendo que parte das ações será retida em garantia para contingências.
O valor total da compra implica em múltiplo de 13,2 vezes a relação entre preço e lucro, de acordo com a Hapvida.
Pinheiro afirmou que as sinergias devem ser capturadas em “não mais do que dois anos”. A estimativa da Hapvida é de que com a compra, Belo Horizonte se tornará a sexta principal região da companhia. Hoje, são 214 mil beneficiários, de acordo com a empresa. O tíquete médio do Promed é de R$ 147 por vida, ante R$ 298 do principal rival, a Unimed local.
Sinhá Junqueira
No caso do Hospital Sinhá Junqueira, em Ribeirão Preto (SP), que atende às especialidades de obstetrícia e pediatria, a Hapvida considera que poderá fazer uma boa verticalização das operações. A previsão é de que a operadora comece a atender na unidade já a partir de 1º de outubro. “Poderemos fazer uma verticalização plena em obstetrícia e pediatria”, disse Pinheiro.
De acordo com ele, a Hapvida tinha há algumas semanas 15 ativos em sua fila de possíveis aquisições. Pinheiro afirmou que graças ao histórico da companhia de integração de ativos que adquire, é possível gerar “muito valor” através de compras a múltiplos favoráveis.