06/11/2015 - 18:00
Depois do Bloco de Esquerda, o Partido Comunista português anunciou nesta sexta-feira ter alcançado um acordo com o Partido Socialista, abrindo assim o caminho para uma aliança de esquerda para derrubar o Executivo de direita minoritário.
Estes três partidos, associados aos Verdes, têm juntos 122 deputados de um total de 230, ou seja, mais que a maioria requerida para rejeitar na terça-feira o programa do governo e provocar, assim, sua renúncia.
“Estão reunidas as condições para por um fim ao governo de coalizão de direita e tornar possível a formação de um governo do PS, a apresentação de seu programa e sua entrada em funções”, indicou o Partido Comunista português (PCP) em um comunicado.
Condenando “a política de destruição” do país, lançada pela direita, o PCP considera que um futuro governo do PS estaria em possibilidades “de adotar uma política que assegure uma solução durável”.
No poder desde 2011, a coalizão de Pedro Passos Coelho venceu as eleições legislativas de 4 de outubro, mas perdeu a maioria absoluta.
O Bloco de Esquerda, partido próximo ao Syriza, no poder na Grécia, também anunciou anteriormente ter chegado a um acordo com o PS, ratificado em seguida por seus dirigentes.
O Partido Comunista reúne no domingo seu Comitê Central para aprovar o acordo com o PS, que convocou para o mesmo dia uma comissão política, antes do debate no Parlamento sobre o programa do governo.
Se os socialistas decidirem oficialmente aderir ao Bloco de Esquerda e ao Partido Comunista para votar na terça-feira depois do debate uma moção rejeitando seu programa, o governo terá que renunciar.