18/05/2015 - 15:31
Os direitos da minoria muçulmana Rohingya, que foge em massa de Mianmar e muitos dos quais estão no mar no sudeste asiático há semanas, devem ser respeitados, afirmou nesta segunda-feira o partido de oposição da prêmio Nobel da Paz Aung San Suu Kyi.
“Eles são seres humanos. Não podemos enviá-los para o mar. Eles também têm direitos”, declarou a jornalistas Nyan Win, porta-voz da Liga Nacional para a Democracia. A formação havia sido criticada por não se manifestar agora sobre esta questão.
O porta-voz acrescentou que o país “deveria aceitar” a minoria muçulmana, considerada pela ONU uma das mais discriminadas e perseguidas no mundo. Os rohingyas vivem muitas vezes em acampamentos, sem acesso ao trabalho, saúde, educação e até mesmo à cidadania birmanesa.
O governo de Mianmar havia dito pouco antes nesta segunda-feira que “compreendia a preocupação internacional” sobre o destino dos migrantes apanhados em navios na região, sem poder chegar a qualquer porto em razão da rejeição dos países da região.
No entanto, pediu para que a comunidade internacional “pare de acusar Mianmar de todos esses problemas”, sem mencionar os rohingyas.
Mianmar, onde vivem 1,3 milhão de muçulmanos desta minoria, tem sido criticado por sua falta de compromisso para acabar com este êxodo. O governo ameaçou boicotar uma reunião de cúpula regional sobre a questão da migração na área, que deve ser realizada em 29 de maio, organizada pela Tailândia.