Os problemas judiciais da CrowdStrike após o enorme apagão global cibernético do mês passado se aprofundaram nesta segunda-feira, 5, com a empresa de cibersegurança sendo processada por passageiros de avião cujos voos foram atrasados ou cancelados.

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Em uma proposta de ação coletiva protocolada no tribunal federal de Austin, no Texas, três passageiros culparam a negligência da CrowdStrike na testagem e na implementação de seu software pelo apagão, que também afetou bancos, hospitais e linhas de emergência em todo o mundo.

Os autores da ação disseram que, enquanto tentavam chegar aos seus destinos, muitos gastaram centenas de dólares com hospedagem, refeições e viagens alternativas, enquanto outros perderam dias de trabalho ou sofreram problemas de saúde por terem que dormir no chão do aeroporto.

Eles alegaram que a CrowdStrike deveria pagar indenizações compensatórias e punitivas a qualquer pessoa cujo voo foi afetado, depois que os problemas tecnológicos relacionados aos voos da Southwest Airlines e de outras companhias em 2023 tornaram o apagão “totalmente previsível”.

A CrowdStrike disse em um comunicado: “Acreditamos que esse caso carece de mérito e defenderemos vigorosamente a empresa”.

A empresa forneceu uma declaração idêntica em resposta a uma ação judicial movida por acionistas em 31 de julho, depois que o preço das ações da empresa caiu cerca de um terço.

O apagão foi causado por uma atualização de software defeituosa que impactou mais de 8 milhões de computadores.