A mesa de Bernardo Grimberg, diretor da Dorma Brasil, vive atulhada de papéis. São planilhas, gráficos, relatórios e um sem-número de informações sobre a economia da Índia. Mesmo estando a 27,1 mil quilômetros de distância da fabricante paulista de portas automáticas, molas hidráulicas e fechaduras, o país asiático domina boa parte da agenda do executivo. O motivo é simples. É lá que a Dorma vem colhendo seus melhores frutos. ?Nossas vendas triplicaram para R$ 1,5 milhão em 12 meses?, celebra o executivo. O montante representa uma
fatia de 11,35% das exportações e 4% das receitas da companhia (R$ 45 milhões)
e a tendência é avançar ainda mais. Isso porque o segmento de construção civil indiano cresce à taxa média espetacular de 25% ao ano. Ao abrir as portas da
Índia, a Dorma demonstrou ter competitividade para brigar em um mercado altamente protegido, onde a tarifa de importação é de 100%. Grimberg garante
que isso é só o começo. A empresa acaba de receber da matriz, situada na Alemanha, novos equipamentos que vão permitir aumentar a produção de molas
em 30% e reduzir custos em idêntica proporção. ?Vamos fabricar com qualidade brasileira e preço chinês?, diz.

Não é só o caminho das índias que vem dominando as atenções do dirigente da Dorma. O setor de segurança também está sendo atacado. A companhia acaba de estrear no segmento de portas com detetor de metais. ?Em três meses vendemos cem unidades para clientes brasileiros?, conta Grimberg. Como nenhuma outra subsidiária atua nesse nicho, o executivo sonha em ver mais essa linha de produtos com a etiqueta ?made in Brazil? rodando o mundo.

 

UMA EMPRESA GLOBAL

US$ 840 milhões é a receita anual
Fábricas: 44
Funcionários: 5.735
Presença em 133 países