Ela está chegando de mansinho. Mas promete fazer barulho. Com 76 lojas e 20 anos de existência, a rede de fast-food brasiliense Giraffas já é a quinta maior do País em pontos de venda e tem registrado crescimento médio superior a duas novas unidades por mês. Apesar de ainda pouco conhecida no Sudeste, o Giraffas é líder no Centro-Oeste, com dois terços de suas lanchonetes concentradas em Brasília. ?O crescimento tem sido paulatino, com recursos próprios. Nunca tivemos um boom?, diz o
diretor Felipe Barreto.

As lojas são pequenas, a estrutura enxuta. Além disso, uma das razões que explicam o crescimento do Giraffas é o foco nos consumidores que não querem (ou não podem) gastar para almoçar. Além dos 700 mil sanduíches vendidos a cada mês, mais de 450 mil pratos prontos são comercializados mensalmente, com preços que começam em R$ 3,70. ?Nossos maiores concorrentes são Habib?s e os restaurantes por quilo, não o McDonald?s?, explica Barreto. Para este ano, o faturamento deve crescer mais de 20%, saltando de R$ 49 milhões para R$ 60 milhões.

Depois de anos sendo administrada de forma quase familiar, a empresa deu um passo na direção da profissionalização em 1991, quando surgiram as franquias. Mas a abertura de mercado pós Plano Real e a chegada das cadeias internacionais pegaram Carlos Guerra, fundador da rede, desprevenido e o Giraffas viveu momentos difíceis. Difíceis porém não fatais e a girafa conseguiu sair de pescoço erguido. A rede acaba de fechar três unidades remanescentes no Nordeste e agora se volta para as capitais do Sudeste e Goiás. O motivo é puramente logístico. ?Passamos por um grande processo de padronização nos últimos três anos e isso está nos permitindo crescer de forma sustentada?, afirma Barreto.