22/12/2010 - 21:00
Um dos clubes mais ricos do mundo, o Barcelona, que nunca havia aceitado estampar uma marca em suas camisas, assinou contrato de patrocínio com a Qatar Foundation, que irá render € 170 milhões ao clube até 2016, pouco mais de € 30 milhões por ano – ou R$ 72 milhões. O valor representa um recorde na história dos patrocínios do futebol mundial e supera os contratos dos arquirrivais Manchester United e Real Madrid, que recebem, respectivamente, € 23 milhões por ano da AON Seguros e € 20 milhões do site de apostas da bwin. No Brasil, o Corinthians é o clube de maior faturamento com patrocínio de camisa: recebeu pouco mais de R$ 40 milhões da Hypermarcas neste ano.
Jornais
The Independent à venda
A crise continua feia na imprensa britânica. Um dos ícones da mídia europeia, o jornal The Independent, recentemente adquirido pelo russo Alexander Lebedev, um ex-espião do KGB, está à venda novamente. Ele assumiu a empresa pelo valor simbólico de 1 libra esterlina, quase R$ 3, mas abraçou uma dívida de quase R$ 600 milhões. Lebedev reconhece que pretende se livrar do jornal já no começo de 2011. Alguém se habilita?
Estratégia
Propaganda na sala de aula
Um novo formato de mídia chegará ao País em 2011. Materiais didáticos de universidades terão espaços para divulgação de marcas. Esse canal de publicidade, comum nos EUA, gera receita às instituições de ensino e reduz os custos aos alunos. Por aqui, 13 universidades, com mais de 600 mil alunos, já entraram no projeto Q! Caderno. A ação é idealizada pela agência DRT Mídia.
Campanha
O retorno do baralho
Na era do entretenimento digital, uma inusitada campanha pretende promover o tradicional baralho. A Copag, líder do segmento, contratou a MindsOn para executar a maior ação de marketing da história da empresa. Durante o verão, a Copag venderá jogos de carta em carrinhos de sorvete no litoral paulista. Entre os promotores de vendas estarão pessoas da terceira idade.
Livro
O valor da marca
Como criar e gerenciar marcas valiosas em um mercado cada vez mais concorrido e em constantes transformações? O livro Gestão do valor da marca (Ed. Senac Rio) ajuda a encontrar a resposta. Escrita por Eduardo Tomiya, um dos maiores especialistas em gestão de marcas no País, e diretor da agência BrandAnalytics, a publicação apresenta os principais elementos de branding do mundo corporativo moderno.
Bate-papo
Marcos Rosset, CEO da The Walt Disney no Brasil
Por que o País está mais atrativo ao setor de licenciamento de marcas?
O crescimento do Brasil nesse mercado é impressionante. Para a companhia, já estamos na quinta posição do ranking mundial em artigos de papelaria e, de forma geral, estamos entre os dez maiores.
O que explica isso?
Com certeza é o aumento do consumo no Nordeste. As vendas dos produtos com marca Disney lá têm dobrado a cada três anos. Estamos no Brasil há 55 anos. Nunca havíamos resgistrado um ritmo assim. O Nordeste hoje responde por 15% das vendas. Em dois anos, a fatia de mercado atingirá 30%, com certeza.
Como a matriz vê o Brasil?
Com muito otimismo. Tanto é que estamos desenvolvendo produtos específicos para cada perfil regional de consumo. Não podemos vender cobertor no Nordeste. Lá estamos colocando no mercado produtos como biscoitos com recheios de frutas locais. Esse é o segredo no nosso sucesso.
Qual o tamanho da operação brasileira?
Temos mais de oito mil itens licenciados. Somos líderes absolutos. Junto com nossos 150 parceiros, como Coteminas, Nestlé e Grendene, continuaremos lançando muitas novidades. O Brasil é o mercado da vez para a Disney.