21/06/2017 - 14:25
Na presidência do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) desde o dia 1º de junho deste ano, Roberto Olinto afirmou que, o presidente anterior, Paulo Rabello de Castro, num primeiro momento, “confundiu um pouco as coisas”, ao afirmar que os técnicos do IBGE eram economistas de elevador por se limitarem a comentar os dados, sem fazer projeções.
“A credibilidade de um instituto de estatística se dá pela isenção e imparcialidade. Técnicos não comentam, não fazem comentário. O papel do instituto de estatística não é dar opinião. Nossa missão é apresentar o dado, explicar para trás, ser o mais erudito, mas, acima de tudo, preservando a credibilidade do instituto”, afirmou.
Em seguida, disse que o IBGE “não faz sobe e desce”, mas que, em alguns momentos “é inevitável, porque conjuntura é sobe e desce, não tem jeito”. Segundo Olinto, há intenção de mudar a divulgação, incorporando novos meios de comunicação que tornem as informações mais palatáveis e menos técnicas.
Em entrevista coletiva à imprensa, ele ainda afirmou que vai discutir um plano de carreira para os funcionários com o Ministério do Planejamento, ao qual está vinculado.”Porque não dá para continuar como está. É inadequado, cria um viés enorme dentro do governo em relação aos seus congêneres, que têm plano muito mais alto”, comentou.
Ele ainda informou que a formação de parcerias para a elaboração de pesquisas, sugerida na gestão de Rabello, não foi completamente descartada. Mas, o atual presidente, ressaltou que não há possibilidade de firmar acordo de exclusividade na divulgação de dados. “A parceria é bem vinda, mas a exclusividade de dados não é permitida”, disse.