29/09/2025 - 7:30
Entrante no mercado de adquirência, o PayPal não descarta ter sua maquininha própria e outras soluções que visem conectar a companhia ainda mais com pequenas e médias empresas.
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Em entrevista à IstoÉ Dinheiro, o General Manager da PayPal no Brasil, Brunno Saura, avalia que a empresa ‘não tira nada da mesa’ do que é possível realizar em adquiriência dentro do Brasil.
“Então [maquininha] está dentro das possibilidades. Mas eu acho que o papel da adquirência para a gente aqui, é como a gente melhora a qualidade dos serviços que a gente entrega pro vendedor. No final das contas é sobre como criar uma melhor aprovação, um melhor fluxo, o fluxo pro vendedor”, explica.
Sendo um mercado altamente competitivo – e com concorrência aumentando nos últimos anos – Saura relata que a empresa ainda assim vê um potencial no mercado e que vem aumentando o número de parceiros e atualizando tecnologias.
A entrada no mercado de adquirência foi anunciado pela gigante de pagamentos no início de junho, abrindo portas para trazer outros produtos do portfólio global da empresa para o Brasil.
Essa nova vertente de negócio vem em meio a um plano de expansão global que mirou prioritariamente a Europa e agora tem foco na América Latina.
A empresa atua no Brasil desde meados de 2011 com sua carteira digital e tem aumentado o leque de produtos em um passado recente. A operação aqui conta com quase 200 funcionários e coloca o país dentre os mais relevantes da América Latina para a operação global da companhia,
Cartão do PayPal foi sucesso nos EUA e pode vir para o Brasil e outros lugares
Ainda em se tratando de produtos, Saura comenta que a empresa teve um ‘saldo super positivo’ no lançamento de cartões físicos nos EUA, com um engajamento do consumidor acima do esperado.
“Olhamos o quanto ele se identifica cada vez mais com a marca PayPal e a usabilidade de transcender esse caminho do digital pro offline, dando maiores opções, maior conectividade para nossos 400 milhões de consumidores. Se faz sentido para o mercado brasileiro……acho que tem uma possibilidade grande realmente da gente trazer para o Brasil, mas acho que é algo que a gente ainda vem discutindo e vem olhando com ótimos olhos”, explica.
Atualmente a empresa oferece diferentes opções de cartões físicos para seus clientes. O primeiro deles foi o PayPal Debit Card, lançado no início dos anos 2000, pensado para dar acesso direto ao saldo da conta PayPal. Trata-se de um cartão de débito da bandeira Mastercard, que permite usar o saldo em compras presenciais ou online e realizar saques em caixas eletrônicos. Mais recentemente, o produto foi reformulado para incluir benefícios como cashback em determinadas compras.
Outra opção é o PayPal Prepaid Mastercard, criado em 2012 em parceria com a NetSpend. Diferente do cartão de débito tradicional, ele funciona como um cartão pré-pago recarregável, que pode ser carregado a partir da conta PayPal, depósitos diretos de salário ou redes de recarga físicas. Ele é bastante utilizado por quem prefere separar gastos do orçamento principal e também permite a criação de subcontas, facilitando o compartilhamento de fundos com familiares.
Por fim, o PayPal oferece também cartões de crédito emitidos em parceria com o Synchrony Bank, lançados em 2017. Entre eles estão o PayPal Cashback Mastercard, que devolve 2% em todas as compras, e o PayPal Extras Mastercard, com sistema de pontos que podem ser trocados por viagens, produtos ou créditos na própria plataforma.
Integração com o Pix
Ao ser questionado sobre se vê o Pix como um concorrente, o General Manager da companhia destaca que essa não é a visão da companhia, mas que
“O Pix traz uma democratização fantástica pros consumidores. Acho que o papel do PayPal é como é que a gente disponibiliza o Pix para nossos vendedores e os consumidores se aproveitarem disso. Como ajudamos o mercado a inovar dentro do Pix, melhorando as tecnologias e trazendo toda a agenda também que o Banco Central espera.”