30/11/2022 - 12:35
SÃO PAULO (Reuters) – Pelé foi internado em um hospital de São Paulo em meio ao tratamento que faz contra o câncer, confirmou a filha do ex-jogador Kelly Nascimento em uma publicação no Instagram nesta quarta-feira, acrescentando que não há emergência nem surpresa na internação.
Mais cedo, a emissora ESPN Brasil disse em seu site que o atleta do Século 20 fora internado com um quadro de inchaço por todo corpo e que deixou de responder à quimioterapia que faz para combater tumores em vários órgãos. A emissora disse que Pelé chegou ao hospital Albert Einstein com um quadro de “insuficiência cardíaca descompensada” e confusão mental.
No Instagram, a filha de Pelé afirmou que “a mídia está surtando novamente” e que ela fazia a publicação na rede social para “abafar um pouquinho”.
“Meu pai está internado, está regulando medicamento. Eu não estou pulando em um voo para correr lá. Os meus irmãos estão no Brasil visitando e eu vou no Ano Novo. Não tem surpresa nem emergência”, escreveu Kelly Nascimento, que mora nos Estados Unidos.
Procurado, o hospital Albert Einstein afirmou que ainda apurava internamente sobre as informações da ESPN Brasil sem dar detalhes de imediato.
De acordo com a reportagem da emissora esportiva, Pelé, de 82 anos, está sendo submetido a uma bateria de exames para uma melhor avaliação dos órgãos afetados pelo câncer.
Em setembro do ano passado, Pelé foi submetido a uma operação para retirada de um tumor no cólon e, em abril deste ano, esteve novamente no hospital para dar sequência ao tratamento.
Amplamente considerado o melhor jogador de futebol da história, Pelé vem sofrendo nos últimos anos com problemas de saúde. Ele passou por uma cirurgia no quadril que o deixou com dores recorrentes e sem conseguir caminhar sem ajuda, o que tem limitado suas aparições públicas desde então.
Revelado no Santos, Pelé foi tricampeão mundial com a seleção brasileira em 1958, na Suécia, em 1962, no Chile, e em 1970, no México. Ele atuou também com a camisa do New York Cosmos, dos Estados Unidos.
(Por Eduardo Simões)