29/11/2021 - 22:02
O Pentágono iniciou nesta segunda-feira (29) uma investigação sobre um ataque que matou civis na Síria em 2019, após a publicação de uma reportagem pelo jornal The New York Times indicando que o Exército dos Estados Unidos teria escondido a presença de vítimas não combatentes.
O secretário de Defesa dos EUA, Lloyd Austin, instruiu o general do Exército, Michael Garrett, a “revisar os relatórios da investigação já conduzida sobre este incidente”, que ocorreu em 18 de março de 2019 em Baguz, Síria, disse o porta-voz do Pentágono, John Kirby.
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De acordo com o New York Times, uma força especial americana que operava na Síria, às vezes sob grande sigilo, bombardeou naquele dia um grupo de civis três vezes perto de Baguz, um antigo reduto do Estado Islâmico (EI), matando 70 pessoas, entre elas mulheres e crianças.
O general Garrett, que liderava as forças terrestres no Oriente Médio alguns dias antes do atentado fatal, terá 90 dias para revisar não só o ataque, mas também como a investigação inicial foi realizada e como a hierarquia militar foi informada a respeito, explicou o porta-voz.
A nova investigação precisará determinar se as leis de guerra foram respeitadas e se as medidas de proteção civil foram aplicadas, segundo Kirby. Além disso, deverá estabelecer se as sanções devem ser aplicadas e se os procedimentos existentes devem ser modificados.
As Forças Democráticas Sírias, conduzidas pelos curdos, e os aliados da coalizão liderada pelos Estados Unidos anunciaram a derrota do “califado” do EI no final de março de 2019, após derrotar o último reduto jihadista de Baguz.