20/08/2021 - 21:49
Nos cinco primeiros meses de 2021, as startups do país receberam cerca de R$ 16 bilhões em investimentos. Até maio, foram 261 aportes, de acordo com relatório da Inside Venture Capital. Esses investimentos têm sido em alguns casos o necessário para garantir que o plano de negócios de uma startup ou de uma Pequena ou Média Empresa (PME) deslanche
Leonardo Brasil, sócio fundador da StartupHero, startup que oferece serviços de relatório de avaliação para PMEs e startups, destaca seis passos para alcançar o almejado investimento:
- Planejamento: Defina três objetivos para a captação
“Por que preciso de recursos e onde ele será aplicado nos próximos 12 a 18 meses?” Se o empreendedor não conseguir responder a essa pergunta, então ele ainda não está pronto para atrair investidores. Outras questões são: há pessoas para o time comercial? Haverá mudança de escritório? Qual a meta de receita bruta anual? A dica é estabelecer pelo menos três objetivos principais, que guiarão sua busca por aportes.
- Valide seu negócio: Uma ideia sem ação não tem valor no mercado
Antes de buscar correr risco com o dinheiro do investidor, corra o risco por si mesmo e prove que o mercado tem demanda pela sua ideia. Quem investe sempre opta por algo concreto, não apenas em uma ideia solta no papel. “Ter ideias é fácil. Mas o que conta mesmo é sua execução. Se o empreendedor fizer algumas poucas vendas, o negócio já está validado”, diz Leonardo.
- Sem tiro no escuro: Procure investimento nos locais corretos
Com a ideia validada e os primeiros resultados aparecendo, dificilmente um empreendedor conseguirá captação em fundos de investimento, que preferem empresas mais consolidadas, que já tenham se desenvolvido e passado por rodadas anteriores. O ideal é procurar grupos de investidores-anjo ou plataformas de equity crowdfunding. “Falar com o investidor na hora errada pode fechar uma grande porta no futuro”, afirma o sócio fundador da StartupHero.
- Pitch deck: Atração à primeira vista
O pitch deck é uma apresentação que resume a ideia, traz dados de mercado, resultados atingidos e objetivos da empresa. “É a melhor forma de captar a atenção de potenciais investidores e maximizar as chances de fechar negócio. Por isso, é preciso caprichar no conteúdo, design e não deixar a apresentação muito longa e maçante”, explica Leonardo.
- Valuation: Contrate um serviço de qualidade e adequado a seu segmento
Toda empresa que recebe um aporte financeiro é vista pelo investidor como um ativo financeiro. Por isso, ele busca um valor que considere justo no mercado. Um erro comum de empreendedores é acreditar que sua empresa recém-lançada tem valor altíssimo no mercado ou, ao contrário, desvalorizá-la demais. É preciso estimar um preço justo, que envolva dados de mercado, o histórico da companhia e perspectivas futuras, processo que é possível apenas com o valuation (relatório de avaliação). É o documento que confere a segurança necessária no momento da negociação.
- Plano B e Smart Money: Dinheiro com valor agregado
Captar investimento é um jogo de números. Mesmo que um investidor garanta que fará o aporte de sua empresa, o empreendedor deve ter sempre um plano B. Para isso, o ideal é abrir conversas com o maior número de investidores possível, a fim de ter mais chances de encontrar o que terá maior sinergia com o negócio. Além disso, é fundamental pensar além do dinheiro e filtrá-lo pelo seu histórico e o valor que trará para a empresa (smart money), afirma Leonardo.