12/06/2020 - 11:17
O governo de Pequim ordenou nesta sexta-feira (11) o fechamento de dois mercados e adiou a volta às aulas dos alunos do ensino fundamental, após a aparição de três novos casos de COVID-19 na capital chinesa, depois de dois meses sem contágios.
A China, o primeiro país afetado pelo novo coronavírus no final de 2019, conseguiu conter consideravelmente os contágios, mas nas últimas semanas está detectando vários casos todos os dias. A maioria são em cidadãos chineses que voltaram do exterior.
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No entanto, um novo caso de origem desconhecida foi relatado em Pequim na quinta-feira, seguido por mais dois casos nesta sexta.
Até então, o último caso registrado na capital chinesa remonta a meados de abril.
Os dois últimos pacientes detectados são funcionários do Centro de Pesquisa da carne. Um deles havia visitado recentemente a cidade de Qingdao (leste), afirmaram à imprensa responsáveis da prefeitura de Pequim.
Hoje, foi ordenado o fechamento total ou parcial de dois mercados da capital nos quais os dois infectados haviam ido, segundo o Jornal de Pequim, que indicou que ambos os estabelecimentos serão desinfetados.
Além disso, as autoridades decidiram adiar sem prazo definido a volta às aulas dos estudantes do ensino fundamental, que estava prevista para segunda-feira.
Os alunos de Pequim retomaram suas aulas progressivamente desde o final de abril, depois de três meses de férias forçadas e de aulas online.
Segundo dados oficiais, em Pequim foram registrados 597 casos de COVID-19, que causaram 9 mortes.
O anúncio dos novos casos gerou preocupação nas redes sociais.
“Pequim ficará incontrolável! É preciso melhorar a prevenção rapidamente! Poderia chegar uma segunda onda”, disse um usuário do Weibo, o equivalente do Twitter na China.
“Estou tremendo de medo […] Vou comprar mais máscaras. Espero que isso termine logo”, comentava outro.