Personalidades lamentaram nesta quarta-feira, 21, a morte de Affonso Celso Pastore, economista e ex-presidente do Banco Central. Ele faleceu aos 84 anos, em São Paulo.

+ Pastore era conhecido por perfil ortodoxo e rigor na defesa do controle da inflação
+ Morre Affonso Celso Pastore, ex-presidente do Banco Central

Paulo Hartung

O economista e ex-governador do estado do Espírito Santo (2003-2010 e 2015-2018) Paulo Hartlung ressaltou o legado de Pastore para o Brasil.

“É com profundo pesar que recebo a notícia do falecimento do professor Affonso Celso Pastore. Um dos mais influentes e respeitados economistas do país, que deixa uma enorme contribuição para o debate econômico do Brasil. Meus sentimentos aos familiares e amigos.”

Sergio Moro

O ex-juiz federal e ex-ministro da Justiça Sergio Moro destacou o nível do economista.

“O Brasil perde um de seus maiores economistas, Affonso Celso Pastore, que se destacava pelo rigor e integridade de suas análises econômicas. Tive a oportunidade e a honra de receber os seus conselhos. Sua obra e legado continuarão. Meus sentimentos à Cristina e à família.”

Banco Central

O BC emitiu uma nota de pesar relembrando a sua passagem pelo banco.
“Ex-presidente do Banco Central entre 1983 e 1985, o economista Affonso Celso Pastore deixou marca profunda nos estudos de economia desenvolvidos no Brasil. Com rigor analítico, empreendeu um esforço contínuo de compreensão das raízes de problemas crônicos da nossa economia, como a inflação, o desequilíbrio das finanças públicas e o crescimento econômico.
Em sua passagem pelo Banco Central, se dedicou ao trabalho de lançar as bases de uma economia estável e com crescimento sustentável. Deu significativa contribuição para a resolução do problema do endividamento externo brasileiro. Com exímia habilidade, foi negociador junto ao Fundo Monetário Internacional e os bancos credores internacionais, ajudando de forma definitiva a evitar que o país entrasse numa situação de insolvência externa.
No campo acadêmico, Pastore deixa trabalhos inovadores que serviram de inspiração a uma geração de ex-alunos e que certamente serão consultados por novos economistas. Em vida, ganhou o reconhecimento dos mais renomados economistas do país.
A Diretoria do Banco Central expressa seu pesar pelo falecimento de Pastore. Sua partida deixará uma lacuna no debate econômico brasileiro. Sempre manteve um diálogo generoso com o Banco Central, dando apoio inestimável às causas da instituição. Deixamos nossas condolências para Maria Cristina Pinotti, esposa de Pastore, demais familiares, amigos e os muitos colegas de trabalho e da academia.”

Roberto Campos Neto

O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, também comentou a morte do economista.

“É uma enorme perda. Era uma pessoa muito querida e muito comentada no âmbito dos banqueiros centrais.”

E completou: “O Pastore sempre foi uma pessoa que defendeu o Banco Central. Uma vez o encontrei em um avião e ele disse que, sempre que houvesse algum evento no BC, poderíamos convidá-lo. Ele dizia que era apaixonado pelo BC e que sempre iria defender as causas da instituição.”

Secretaria da Fazenda e Planejamento do Estado de São Paulo

A Secretaria da Fazenda e Planejamento do Estado de São Paulo também lamentou o falecimento do economista.

“Ex-secretário da Fazenda Estado de São Paulo de de São Paulo de 1979 a 1983, Pastore é reconhecidamente um dos economistas mais renomados do país. O secretário Samuel Kinoshita e o corpo de servidores da Sefaz-SP estendem suas condolências à família desse incansável estudioso das políticas econômicas que tanto se dedicou pelo país.”