20/04/2023 - 22:33
O Twitter iniciou nesta quinta-feira (20) o processo de remoção dos selos de verificação gratuitos. A medida foi divulgada no último dia 23 e, a partir de agora, as contas que não pagarem para obter o diferencial perderão a marca.
Segundo a plataforma, para obter o benefício será preciso comprar o serviço de assinatura Twitter Blue. No Brasil, o plano para usuários individuais custa R$42 mensais (pagamento via página na web).
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A alteração faz parte de uma série de transformações que o dono da empresa, o bilionário Elon Musk, começou a implementar desde que adquiriu a companhia, entre elas a alteração do algoritmo que dita o que aparece na linha do tempo e o afrouxamento de medidas de segurança em nome do conceito de “liberdade de expressão” de Musk. A verificação paga é um dos maiores símbolos da gestão Musk, que já chamou o sistema antigo de “uma mer…” e destacou que a empresa deveria gerar novas fontes de receita.
Ainda não está confirmado se todos os emblemas desaparecerão ou se serão gradualmente removidos. Uma reportagem do The Washington Post havia revelado que a remoção dos selos será um processo quase manual, o que se tornaria demorado e com possíveis falhas durante sua implementação.
Quais as personalidades que deixaram de ter o “selinho azul”?
Diversas personalidades já perderam a verificação, entra elas as cantores Beyoncé e Adele. Entre as personalidades brasileiras, o influenciador Felipe Neto e o apresentador Luciano Huck não contam mais com o selo ao lado de seu nome.
Empresas e ONGs
Além dos assinantes do Twitter Blue, perfis de membros de governos e organizações governamentais ou multilaterais continuarão verificados, com selo cinza. Porém, empresas e ONGs (organizações não governamentais), que recebem o selo de cor ouro, têm que pagar.
Empresas e ONGs podem se inscrever no Twitter Verified Organizations. O Twitter deixará que elas mesmas aprovem a extensão do selo para perfis afiliados. Neste caso, o símbolo de “verificado” conterá o logo da organização e os perfis afiliados também serão mencionados na conta da empresa no Twitter.
Manifestações contrárias
Desde o dia 1º de abril alguns perfis que se manifestaram contrários à nova política da plataforma tiveram seus selos retirados, caso do jornal The New York Times, que afirmou que não pagaria pela verificação, e da cantora Doja Cat, que ofendeu Musk no ano passado por tentar impedir contas verificadas de mudarem o nome de usuário.
A cantora, que faz coro a reação de parte dos usuários da plataforma, respondeu que ter o selo azul do Twitter, agora significa ser um “completo perdedor, desesperado pela validação de pessoas famosas”. O astro do basquete LeBron James ironizou em sua conta a retirada de seu selo. “Bem, acho que meu selo azul vai embora em breve porque se você me conhece eu não vou pagar”.
O criador das hashtags no Twitter, o designer Chris Messina, optou por deixar o Twitter no último sábado (15) devido ao novo formato de verificação de contas adotado pela rede social. A decisão também ganhou força após Messina supostamente perder o selo de tique azul da sua conta.
Há 10 anos, o designer criou a hashtag na plataforma, modelo de agrupamento de mensagens que permite buscar por conteúdo um tema específico em redes sociais. Nascida em 23 de agosto de 2007, o “jogo da velha” está presente em dezenas de outras plataformas como Facebook e Instagram.