O Peru congelou duas contas avaliadas em US$ 13 milhões que Jorge Barata, o mais importante ex-funcionário da companhia brasileira Odebrecht no país, possuía em um banco peruano. Além disso, a promotoria abriu uma terceira investigação contra Barata, por suposta lavagem de ativos.

Em uma nota, a promotoria informou nesta quarta-feira que a Unidade de Inteligência Financeira (UIF) detectou atividades irregularidades em duas contas bancárias pertencentes ao brasileiro Barata em um banco local “correspondentes a fundos mútuos, aportes voluntários provisionais e outras transferências internacionais, gerados entre os anos de 2006 e 2016”.

Como obriga a lei peruana, a UIF informou a promotoria sobre as transferências “suspeitas” a partir de contas de Barata para o exterior e o promotor encarregado da luta contra lavagem de dinheiro, Germán Juárez, pediu o congelamento das contas bancárias a um juiz especializado, que concordou com a solicitação. Juárez também iniciou uma terceira investigação preliminar contra Barata “pelo delito de lavagem de ativos na modalidade de conversão-transferência em agravo do Estado”. O brasileiro enfrenta duras investigações por tráfico de influência e conluio agravado.

Barata foi o executivo mais importante da Odebrecht no Peru por mais de uma década. Agora ele está no Brasil, onde junto a mais de 70 ex-executivos da construtora brasileira optou pela “delação premiada” para reduzir suas possíveis sentenças. As declarações do executivo são importantes para se entender a trama de corrupção no Peru desde 2001.

Em dezembro, o Departamento de Justiça dos EUA informou que a Odebrecht reconheceu ante um tribunal de Nova York que pagou US$ 29 milhões a autoridades peruanas para conseguir vários contratos durante os governos de Alejandro Toledo (2001-2006), Alan García (2006-2011) e Ollanta Humala (2011-2016). Fonte: Associated Press.