A pesquisadora Bibiana Matte, da Núcleo Vitro, está desenvolvendo a primeira carne cultivada do País. A primeira rodada da agricultura celular terá o investimento de R$ 200 mil, de um total de R$ 5 milhões disponibilizados em edital pela Fapergs (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio Grande do Sul).

Matheus Saueressig, responsável pela comunicação da Núcleo Vitro, explica que a agricultura celular ideia de conseguir o mesmo produto que consumimos atualmente sem o mesmo impacto ambiental, social e ético.

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“Alguns países, como Estados Unidos, Israel e Singapura, já têm essa inovação e agora vamos desenvolver a tecnologia no Brasil”, destaca o executivo ao lembrar que a carne cultivada não necessita do boi ou da morte do animal e menos recursos ambientais para a produção.

Segundo Saueressigm, a mesma composição celular e animal que é retirada da vaca, mas com a otimização os recursos e é diferente da carne vegetal, que só imita a carne tradicional.

Além disso, a agricultura celular pode contribuir também para a escassez mundial de alimentos. Vale lembrar que recentemente o Fórum Econômico mundial trouxe a pauta sobre escassez de alimento para o próximo ano e o seguinte.

O objetivo é produzir o produto em escala e, assim, torná-lo mais acessível para os consumidores.