Dietas veganas e seus benefícios ao mundo, aos animais e para a saúde de quem prefere não se alimentar de produtos de origem animal são tema recorrente. Embora o consumo exclusivo de plantas possa ser ligado a um risco menor de desenvolver doenças, no que isso implica para o nosso corpo? Veganos vivem mais do que carnívoros?

A alteração na alimentação é associada a riscos reduzidos de condições crônicas de saúde, como diabetes tipo 2, alguns tipos de câncer, doenças cardíacas e obesidade. Isso, entretanto, não significa que veganos vivam mais.

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Alguns adeptos da prática deixam até de comer mel, já que pode ser considerado um subproduto animal, e isso também pode impactar em outros produtos, como gelatina, maquiagens e itens de higiene, caso tenham algum componente que pode ser ligado ou seja testado em animais.

Segundo estudo para avaliar a associação entre padrões alimentares vegetarianos e mortalidade da National Library of Medicine (NIH), a Biblioteca de Medicina dos Estados Unidos, e publicado no Live Science, “algumas evidências sugerem que os padrões alimentares vegetarianos podem estar associados à redução da mortalidade, mas a relação não está bem estabelecida”.

Ou seja, algumas mudanças no estilo de vida podem, sim, ajudar a prolongar a existência, de acordo com a NIH. Mas não há dieta que possa prometer um freio no processo de envelhecimento. Em dietas como a vegana, tudo depende do tipo de alimento escolhido. É recomendável, por exemplo, consumir alimentos integrais com o mínimo processamento possível, já que proteínas de origem vegana são melhores do que carne processada.

Ainda segundo a NIH, “observou-se que vegetarianos e outros que não comem carne têm taxas de incidência mais baixas do que os carnívoros de algumas doenças crônicas, mas não está claro se isso se traduz em menor mortalidade”.

Em outro levantamento, descobriu-se que veganos têm risco 9% menor de morrer de qualquer causa em comparação com onívoros. Em outra pesquisa esse nível subiu para 12%. Já outra confirmou probabilidades menores de doenças crônicas nos abstêmios da carne, mas não encontrou ligação entre isso e uma queda na mortalidade.

De acordo com especialistas, uma nutrição favorável deve envolver frutas, legumes, vegetais, grãos integrais, nozes e consumo de ferro, cálcio e vitaminas D e B12 conforme a necessidade de cada pessoa. O bem-estar individual, a prática de exercícios e a alimentação consciente são garantias para uma vida melhor.