Os rumores não confirmados sobre a saída de Graça Foster da presidência da Petrobras já estão sendo animadamente comemorados pelo mercado.

Mesmo sem declarações oficiais da empresa ou do governo, às 15:30 as ações ordinárias avançavam 12,6% para R$ 9,65, ao passo que as preferenciais subiam 13,5%, para R$ 9,82, o maior nível do ano.

Apesar da animação e das perspectivas de troca de comando na maior empresa do país, um banqueiro de investimentos avalia que o risco permanece elevado para os acionistas minoritários.

“As ações estão baratas, mas a empresa ainda tem uma dívida elevada junto ao BNDES, ao Tesouro e aos bancos oficiais”, diz ele. “Se o governo resolver capitalizar a empresa convertendo essas dívidas em participação acionária, os minoritários podem ser pesadamente diluídos”, avalia.

Em uma conta aproximada, as ações, hoje cotadas perto de R$ 10, poderiam passar a valer R$ 6,00 ou R$ 7,00. “Na pratica, cada minoritário pode ir dormir e acordar, no dia seguinte, com sua participação reduzida em um terço”, avalia o banqueiro. Isso, diz ele, explica porque as ações estão tão baratas no mercado.

Ou seja, mesmo com uma eventual troca de Graça Foster por um executivo mais apreciado pelo mercado, o risco para os investidores permanece elevado.