A estatal brasileira tem uma pequena operação no Equador por meio de sua subsidiária Petrobras Argentina. A produção diária é de 2,4 mil barris. Segundo autoridades do governo de Rafael Correa, a estatal equatoriana Petroamazonas vai passar a operar os campos da Petrobras em até 120 dias. O governo de Quito já anunciou que os investimentos de US$ 163 milhões da Petrobras não serão ressarcidos. Apesar do prejuízo, o impacto sobre as ações será pequeno.

 

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Correa: sem a importância da Bolívia

 

Nelson Rodrigues de Matos, analista do Banco do Brasil, diz que a saída do Equador vai causar perdas, mas sem grande impacto nos resultados finais da empresa. “O efeito será bem menor do que foi a saída da Bolívia, onde há a dependência do gás”, diz Matos. Segundo ele, a outra operação na América do Sul relevante para a Petrobras é a Argentina. Lá, há produção, refino e distribuição de petróleo. Este episódio reforça que os investimentos no pré-sal são muito mais importantes, pela segurança que trazem para a empresa.

 

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Destaque no pregão


Embraer constrói fábrica em Portugal

 

A Embraer informou na terça-feira 23 que deu início à construção de uma fábrica em Évora, Portugal. Vantagens fiscais atraíram a companhia para a região. Com investimentos previstos de € 48 milhões, a nova unidade será destinada à produção de estruturas e componentes para as aeronaves e terá 30,6 mil metros quadrados. A Embraer estima que o projeto seja concluído no final de 2011 e que a produção tenha início em 2013. A montagem dos aviões continuará sendo feita no Brasil.

 

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Palavra de analista

 

O mercado internacional começa a dar sinais de melhora nos dois últimos trimestres e algumas companhias internacionais voltaram a apresentar lucro, o que não acontecia há muito tempo. “Com isso, a carteira de pedidos da Embraer tende a aumentar, em especial a dos clientes de aviação comercial, que vêm perdendo receita”, diz a analista-chefe da Spinelli Corretora, Kelly Trentin. A valorização do real, no entanto, tende a prejudicar a companhia. 

 

 

Bancos


Bradesco quer aumentar o capital social

 

O Bradesco apresentou na segunda-feira, 22, uma proposta para elevar em R$ 1,5 bilhão seu capital social, que passaria para R$ 30 bilhões. A operação será feita com a emissão de 62.344.140 ações, que custarão R$ 24,06 cada. Segundo comunicado enviado para a CVM (Comissão de Valores Mobiliários), o objetivo é reforçar a liquidez, preparar o banco para atender o aumento da demanda por crédito e investir nas instalações. A proposta será votada em assembleia de acionistas marcada para o dia 17 de dezembro.

 

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Maiores altas da semana

 

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Maiores baixas da semana

 

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As 10 mais negociadas do Ibovespa

 

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Desempenho das empresas por setor de atividade econômica

 

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Termômetro do mercado

 

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Bolsa no mundo

 

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Educação financeira

 

Quanto você precisa para se aposentar? Essa é a pergunta que o executivo financeiro Fernando Meibak responde em “O Futuro irá chegar”, lançamento da Disal Editora (104 páginas, R$ 24,50). A tese de Meibak é que é preciso correr mais riscos ao investir, pois a expectativa de vida aumentou. 

 

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Quem vem lá


Anhanguera vai captar até R$ 1 bilhão

 

A Anhanguera Educacional definiu o valor de sua captação na bolsa de valores, anunciada em meados de outubro. A empresa vai lançar 20 milhões de ações e, considerando-se a cotação às vésperas do anúncio, de R$ 37,60, o montante emitido poderá ser de R$ 1 bilhão se forem emitidos os lotes suplementar e adicional. Os interessados na oferta podem fazer suas reservas de 2 a 7 de dezembro. O preço por ação será definido dia 9 e a estreia dos novos papéis está marcada para a segunda-feira 13. Os recursos serão destinados à expansão da rede, inclusive por meio de aquisições. 

 

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Fique de olho:  no ano, as units da Anhanguera acumulam valorização de 51%, ante uma alta de pouco mais de 1,5% do Ibovespa. 

 

 

Touro x urso

 

O estresse mundial dos investidores afetou os negócios no Brasil e o Ibovespa, principal índice da BM&FBovespa, recuou 2,1% entre segunda e quinta-feira. As preocupações com a situação de países europeus como Portugal, Irlanda e Grécia derrubaram as bolsas em todo o mundo. O alívio veio na quarta-feira 24, quando o índice no Brasil subiu 2,47%. O anúncio de Alexandre Tombini para a presidência do Banco Central e a manutenção de Guido Mantega no ministério da Fazenda agradaram aos investidores naquele dia. Mas o cenário externo ainda é o principal foco. “Os investidores ainda estão muito receosos. No curto prazo ainda ficarão bastante atentos ao que acontece na Europa”, afirma o economista Roberto Alem, da M2 Investimentos. 

 

 

Construção


Crescendo e aparecendo

 

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Fugazza: R$ 3,9 bilhões em terrenos

 

A construtora Eztec cumpriu, em novembro, sua meta de lançamentos para 2010. Em 2011, a companhia deve anunciar R$ 1,2 bilhão em empreendimentos. Segundo o diretor de relações com investidores Emílio Fugazza, sem dívidas e com R$ 3,9 bilhões em terrenos, a companhia será capaz de crescer. Ele conversou com a DINHEIRO:

 

DINHEIRO – Como a Eztec está posicionada neste momento de mercado?


EMÍLIO FUGAZZA – O momento não poderia ser melhor. O número de lançamentos até novembro de 2010 alcançou R$ 887 milhões, um crescimento de 80% sobre 2009. Este aumento nos incentivou a propor uma meta maior em 2011, entre R$ 1 bilhão e R$ 1,2 bilhão. Nossa margem líquida até o terceiro trimestre é de 38% ante uma média do setor de 15%.

 

 

DINHEIRO – Qual é o motivo desse desempenho acima do setor?


FUGAZZA – Vários fatores, como o foco em São Paulo e na região metropolitana, a classe média como público-alvo, a estrutura verticalizada e a capacidade de financiamento. 

 

 

DINHEIRO – Há planos de expansão para outra áreas?


FUGAZZA – Estamos trabalhando na expansão para o interior de São Paulo. Já lançamos três projetos em Jundiaí.

 

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DINHEIRO – A Eztec poderia ser alvo de uma possível aquisição?


FUGAZZA –  Estamos há 31 anos no mercado e pretendemos ficar. A Eztec é uma empresa com endividamento baixo. Nosso patrimônio líquido é de R$ 1,93 bilhão e nossa dívida total é de R$ 56 milhões. Temos condições de permanecer na briga como uma das empresas mais lucrativas do setor.

 

 

DINHEIRO – E vocês pensam em comprar alguém?


FUGAZZA – Nosso foco é o crescimento orgânico.

 

 

DINHEIRO – Como o sr. avalia a alta de 45% das ações?


FUGAZZA – O valor de mercado da empresa hoje é semelhante ao preço dos ativos líquidos da companhia, de R$ 1,75 bilhão. Alguns analistas estimam nosso preço-alvo em R$ 19, ainda muito distante do preço atual, de cerca de R$ 13. Temos um baixo risco e um potencial de crescimento muito grande. 

 

 

DINHEIRO – E como conciliar baixo risco e crescimento sustentado?


FUGAZZA –O que me dá mais certeza é o fato de que temos dentro de casa um banco de terrenos de R$ 3,9 bilhões. Este número é três vezes maior do que a nossa meta de lançamentos para 2012. Temos a possibilidade de continuar fazendo. 

 

 

Pelo mundo

 

Tiffany vende mais – A luxuosa joalheria Tiffany informou que seu lucro líquido no terceiro trimestre foi de US$ 55,1 milhões, alta de 27% ante o mesmo período do ano passado. O resultado veio acompanhado de um aumento de 14% nas vendas mundiais da companhia. 

 

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Lucro da HP sobe 5% – O lucro da Hewlett-Packard cresceu pouco mais de 5% no quarto trimestre fiscal ante o mesmo período de 2009 e alcançou US$ 2,54 bilhões. No ano, o lucro líquido cresceu 14% para US$ 8,8 bilhões.

 

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Danone vai às compras nos EUA - A Danone comprou por US$ 103 milhões a americana YoCream, que atua no setor de gelados de iogurte daquele país. A estimativa é que a YoCream alcance vendas líquidas de US$ 58 milhões em 2010.

 

GM anuncia investimentos – A GM anunciou um investimento de US$ 163,2 milhões em três fábricas nos Estados norte-americanos de Michigan e Ohio. O valor será direcionado para dar suporte à produção dos modelos Volt, Cruze, e também para o novo compacto Chevy.

 

Com Juliana Schincariol e Lilian Sobral