A Petrobras informou que não vai prorrogar o Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) dos petroleiros por conta da pandemia de covid-19, como querem os sindicatos da categoria, e que o último dia para a assinatura de um acordo será em 31 de agosto, dentro da vigência do ACT atual.

Para tentar buscar um entendimento, a estatal voltou atrás da decisão de passar para os sindicatos o ônus da liberação de trabalhadores para as entidades sindicais.

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Pela nova proposta, a empresa vai arcar com o ônus de um dirigente por sindicato e de cinco dirigentes para a Federação Única dos Petroleiros (FUP), além da liberação de até 11 dias por ano para até 10 dirigentes por sindicato.

A empresa também voltou atrás na proposta de descontinuar adicionais nos feriados do Natal e Ano Novo, prevendo acréscimo de 50% nas horas trabalhadas nos dois feriados.

A Petrobras manteve, no entanto, a proposta de reajuste zero para tabelas salariais, RMNR, benefícios educacionais, vale alimentação/refeição, entre outros benefícios este ano e em 2021, além das demais questões, como a mudança na relação do custeio do plano de saúde, que passaria da atual relação de 70% (empresa)/30% (empregados), para 60% e 40%, respectivamente, um dos pontos mais criticados pelos empregados.

A estatal afirmou que, na reunião realizada nesta quinta-feira, 30, com a Federação Nacional dos Petroleiros (Fup), avançou em “questões importantes” em relação à primeira reunião, realizada no início das negociações, em 30 de junho, e que conta “com a manifestação da vontade dos seus empregados por meio de assembleias para firmar o ACT 2020/2021 nos próximos dias”.